Depois de ficar sem gasolina, etanol e diesel, Mato Grosso do Sul pode ficar sem gás de cozinha a partir desta quarta-feira. No entanto, apesar dos transtornos, a greve dos caminhoneiros tem o apoio de 87% dos brasileiros, segundo pesquisa do Datafolha. O fim da paralisação no Estado ainda é incerto, apesar da proposta do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de reduzir a alíquota do ICMS sobre o diesel de 17% para 12%.[adrotate group=”3″]
De acordo com o Campo Grande News, só nas rodovias federais ainda existem 50 pontos de manifestação. Já nas rodovias estaduais, segundo o Midiamax, 35 trechos tinham mobilizações nesta quarta-feira.
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A paralisação contra o aumento dos combustíveis completou 10 dias nesta quarta-feira. Conforme levantamento do Datafolha, divulgado pela Folha de São Paulo, 87% dos brasileiros apoiam a greve dos caminhoneiros e somente 10% são contra. Para 92%, a reivindicação é justa.
Apesar do risco de desabastecimento até de remédios, 56% apoiam a continuidade da greve, enquanto 42% defendem o fim do movimento iniciado no dia 21 deste mês. No período, 51% dos brasileiros deixaram de sair de casa e viajar por causa da falta de combustíveis.
Nesta quarta-feira, a Capital poderá ter mais uma manifestação de apoio aos caminhoneiros e contra o aumento nos preços dos combustíveis. O movimento convoca a população para se reunir em frente a obra inacabada do Aquário do Pantanal, na Avenida Afonso Pena, a partir das 16h30.
No domingo, o mesmo grupo reuniu milhares de pessoas no ato contra os reajustes abusivos nos preços da gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha. Também houve carreata com dezenas de veículos para pedir intervenção militar.
Os efeitos da greve em MS
- Indústria deixa de faturar R$ 100 milhões/dia
- Agropecuária tem perdas de R$ 80 milhões/dia
- Arrecadação do ICMS tem queda de R$ 178 milhões
- 40 cidades ficam sem combustível
- Capital fica sem gás a partir de amanhã
- Hospitais suspendem cirurgias eletivas
- Pode faltar gasolina, etanol e diesel novamente
A expectativa era do fim da greve dos caminhoneiros no Estado. Ontem, o governador Reinaldo Azambuja decretou situação de emergência e aceitou cumprir a promessa de campanha, feita em 2014, de reduzir a alíquota do tributo sobre o óleo diesel de 17% para 12%. No entanto, a redução só ocorrerá com o fim da paralisação dos caminhoneiros.
Na manhã de hoje, em entrevista ao Midiamax, o presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros), Roberto Sinai, anunciou o fim da greve dos caminhoneiros no Estado. Ele considerou positivo a proposta do tucano.
No entanto, o movimento segue nas rodovias e até mais forte do que ontem. O fim da greve ainda é uma incógnita no Estado. Alguns caminhoneiros divulgaram recados em grupos de whatsapp defendendo a continuidade do movimento até o Governo federal anunciar a redução no preço da gasolina.
O heterogêneo e amplo, o movimento também conta com os defensores da queda do presidente Michel Temer (MDB) e até da intervenção militar.