O comércio fechou as portas e milhares de pessoas realizaram manifestações e carretas no interior de Mato Grosso do Sul para apoiar a greve dos caminhoneiros. A mobilização é contra o aumento abusivo de impostos. Ignorado por políticos sul-mato-grossenses, o sul-mato-grossense rechaçou nas ruas a política de reajuste diário de preços da gasolina, diesel e etanol praticada pelo Governo de Michel Temer (MDB).
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Acuado e perdido em meio à paralisação histórica dos caminhoneiros, que completou oito dias nesta sexta-feira, Temer aposta que o movimento termina nesta terça-feira, 29 de maio. No entanto, diante do apoio obtido junto à população, os caminhoneiros sinalizam que podem não seguir a orientação das entidades e prolongar a crise.
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A 130 quilômetros de Campo Grande, comerciantes de Anastácio e Aquidauana fecharam as lojas e realizaram carreata contra o aumento dos impostos. Cerca de mil pessoas participaram do bloqueio da BR-262 em apoio aos caminhoneiros.
O prefeito de Anastácio, Nildo Alves (PSDB), sentiu a fúria da mobilização popular, que já pode ser comparada à primavera árabe. Chamado para discursar no palanque improvisado, ele foi vaiado e não conseguiu transmitir palavras de apoio aos caminhoneiros. O grupo aplaudiu o Exército e a Polícia Rodoviária Federal quando passaram escoltando os caminhões de combustível até Corumbá.
O comércio de Dourados fechou as portas no meio da tarde e também foi até a rodovia manifestar apoio ao movimento dos caminhoneiros. Eles também rechaçaram o aumento abusivo nos preços dos combustíveis.
Amambaí também fechou o comércio e realizou mais uma carreata em apoio aos grevistas. Dezenas de veículos promoveram buzinaço e desfilaram pelas ruas da cidade em protesto contra o aumento da gasolina e do diesel.
Também ocorreram manifestações de apoio aos caminhoneiros em Bataguassu, Terenos, Paranhos e Maracaju.
Em Campo Grande, houve carreata de caminhões nas ruas centrais no período da manhã. No domingo, milhares fizeram passeata pela Avenida Afonso Pena. Outra turma realizou uma grande carreata contra o aumento dos combustíveis. E até teve uma multidão que fez carreata até o Comando Militar do Oeste para pedir intervenção militar.