Antes de ser preso na operação contra a máfia do cigarro, o 2º sargento Ricardo Campos Figueiredo, motorista e assessor militar do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), teve nove punições canceladas em um único dia. A denúncia foi veiculada pela TV Morena na quinta-feira (17). Ele recebeu R$ 16,3 mil de salário em abril, conforme o Portal da Transparência.
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A situação do assessor da Segov (Secretaria Estadual de Governo) começou a ficar complicada com a Operação Oiketikus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Corregedoria da Polícia Militar. A investigação apura o envolvimento de policiais militares com o contrabando de cigarro.
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Ao ser alvo de mandado de busca e apreensão, conforme a TV Morena, o sargento se trancou no banheiro e destruiu dois telefones celulares. O juiz Alexandre Antunes, da Auditoria Militar, havia determinada a apreensão dos aparelhos. Por isso, o militar foi preso, por obstrução da Justiça.
De acordo com a emissora, o sargento, que foi promovido duas vezes desde a posse do tucano como governador por atos de bravura, é investigado pela suposta ligação com a máfia do cigarro. A primeira promoção teve parecer contrário do Conselho da PM, mas ocorreu por determinação de Reinaldo.
Veja a reportagem da TV Morena:
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/mstv-2edicao/videos/t/edicoes/v/servidor-do-governo-de-ms-e-preso-por-envolvimento-com-esquema-que-facilitava-contrabando/6743821/
O mais grave ainda, conforme a TV Morena, Campos tinha nove punições, sendo quatro de repreensão (advertência), duas de detenção (de três dias) e três de prisão. Todas foram canceladas pelo Comando da PM no dia 5 de abril deste ano.
Lotado na Casa Militar, o sargento era motorista na Governadoria e acompanhava o governador na maior parte dos eventos. Em 26 de março deste ano, o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) suspendeu a Carteira Nacional de Habilitação do militar por dois meses. A nova norma, que punição com suspensão da carteira, é a do excesso de velocidade, que recentemente pegou várias autoridades e políticos.
Na quinta-feira, por meio da assessoria, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública já tinha informado que abriu inquérito militar contra o sargento. Agora, conforme a TV Morena e os jornais, o Governo vai exonerá-lo da função de assessor em decreto a ser publicado na segunda-feira no Diário Oficial do Estado.
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