O Ministério Público Federal concluiu que a suposta “máfia do coração” causou prejuízos de R$ 950,3 mil ao Hospital Universitário de Campo Grande. O órgão ainda não concluiu a análise sobre outros dois hospitais, o Regional da Capital e o HU de Dourados, onde o montante pode chegar a R$ 2,214 milhões.
[adrotate group=”3″]
Este caso é investigado na Operação Again, da Polícia Federal, realizada em janeiro deste ano. O principal alvo é o médico cardiologista Mércule Pedro Paulista Cavalcante, que tem salário de R$ 27,6 mil por mês.
Veja mais:
PF vê semelhanças nas “máfias” do coração e do câncer para desviar dinheiro público
Conforme despacho da 3ª Vara Federal desta quarta-feira, inicialmente, o valor bloqueado chegou a R$ 3,165 milhões.
Como concluiu a parte referente ao HU de Campo Grande, o MPF apontou que encontrou provas robustas das irregularidades cometidas e pediu o bloqueio de R$ 950,3 mil para cada um dos investigados.
A Justiça decretou o bloqueio de R$ 950,3 mil referente a Mércule, ao empresário Pablo Augusto de Souza e Figueiredo, Karina Pedrini Morales Cavalcante, Emanuela Cardoso Freire Figueiredo, João Lupato e da empresa Amplimed Distribuidora de Produtos Hospitalares.
O magistrado determinou ainda o bloqueio de R$ 899.7 mil referente a Jorge da Costa Carramanho Júnior e R$ 367 mil de Diego Silveira da Costa.
O grupo é acusado de pagar propina para o médico e funcionários para vencer a licitação, superfaturar nas próteses usadas em cirurgias do coração e até de usar stent com o prazo de validade vencido.
A operação foi denominada Again, que significa novamente, porque o grupo usava prática semelhante à suposta “máfia do câncer”, que foi alvo da Sangue Frio há cinco anos.
Na ocasião, Mércule chegou a colocar tornozeleira por determinação da Justiça Federal.