Não é preciso eleição para a reforma administrativa em Campo Grande. No cargo há 15 meses, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) mantém a instabilidade e promove a sexta mudança no primeiro escalão. Esta é a segunda mudança no comando da Secretaria Municipal de Gestão, que passa a ter o terceiro titular desde a posse em 1º de janeiro de 2017.
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Maria das Graças Macedo foi exonerado do cargo de secretária municipal de Gestão nesta quarta-feira. Ela era adjunta da pasta e assumiu a vaga da titular, Evelyse Ferreira Oyadomari, que pediu demissão em fevereiro do ano passado, 47 dias após a posse.
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O novo secretário de Gestão será o gaúcho e administrador Agenor Matiello, que foi diretor do Banco do Brasil por 26 anos e ocupava o cargo de diretor da Faculdade Novoeste. Ele também tem mestrado em Administração pela UFRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e conselheiro federal de Administração.
Maria das Graças ficou no comando da Gestão por apenas um ano. Agora, o prefeito alegou que ela tinha assumido o cargo por determinado período.
A instabilidade na equipe de Marquinhos começou em janeiro, com a substituição do subsecretário de Comunicação. Gildo Andrade, que coordenou o marketing da campanha vitoriosa do prefeito, desentendeu-se com o chefe no dia 1º de janeiro e caiu antes de ser nomeado.
Evelyse foi a segunda baixa. Ela pediu demissão em 17 de fevereiro do ano passado e alegou “questão pessoal”.
A terceira baixa ocorreu em agosto, com a substituição da secretária municipal de Ação Social Maria Angélia Fontanari de Carvalho por José Mário Antunes da Silva.
Ainda no mesmo mês, o ex-deputado estadual Lauro Davi pediu demissão do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência). Ele saiu em protesto contra a demissão do sindicalista e ex-presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, que teve o ritmo de trabalho reprovado pelo prefeito. A nova presidente é Camila Nascimento Oliveira.
A quinta mudança ocorreu na Secretaria Municipal de Educação, em outubro, com a substituição de Ilza Mateus de Souza por Elza Fernandes Ortelhada.
Novas baixas ainda podem ocorrer no primeiro escalão. O vereador Valdir Gomes (PP) não esconde de ninguém que foi convidado para o cargo de secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, que já exerceu na gestão de Gilmar Olarte (sem partido).
Ele é cotado desde a criação da polêmica taxa do lixo, que deixou na berlinda o titular da Semadur, José Marcos da Fonseca. Ele é apontado como um dos responsáveis pelo alto valor da contribuição, que causou a fúria da população nas redes sociais e levou o prefeito a rever a cobrança.
A reforma só não mudou totalmente o primeiro escalão porque o PSD ganhou novos integrantes para indicar para compor a chapa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O posto de candidato a vice-governador era um sonho do secretário municipal de Governo, Antônio Lacerda.
Outro cotado, que continuou no cargo, foi o secretário municipal de Planejamento e Finanças, Pedro Pedrosssian Neto.
No entanto, outros que ganharam cargo a espera das eleições saíram a tempo de disputar um cargo nas em outubro deste ano.
O ex-prefeito de Naviraí, Leandro Peres de Matos, que tinha salário de R$ 12,1 mil, superior ao pago ao secretário, será candidato a deputado estadual. Léo Matos perdeu a reeleição, mas não ficou sem a famosa boquinha no poder público.
O ex-vereador Djalma Flores Blans era assessor na Secretaria Municipal de Saúde, com salário de R$ 9,7 mil em março deste ano. Ele foi exonerado hoje com data retroativa ao dia 1º de abril.
Nada como viver em um país sem problemas…