Em ascensão na política sul-mato-grossense, o médico cardiologista Ricardo Ayache, anunciou a desfiliação do PSB, do qual era vice-presidente estadual. Cotado para integrar a chapa majoritária, como candidato a vice-governador ou senador como representante dos bons nomes na política, o anúncio, feito no Facebook nesta segunda-feira, desfalca a chapa dos sonhos do juiz federal Odilon de Oliveira (PDT).
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Médico cardiologista, Ayache se projetou politicamente como presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). Ele foi candidato a senador pelo PT em 2014 e ficou em segundo lugar, com 281 mil votos. Em 2016 não quis disputar a prefeitura da Capital e apoiou, publicamente, a candidata Rose Modesto (PSDB), atual vice-governadora.
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Para as eleições deste ano, o nome do dirigente voltou a ser cogitado para disputar uma das duas vagas de senador pelo PSB ou como candidato a vice-governador. Ele era cogitado para fazer dobradinha com Odilon.
No entanto, na guerra política entre o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o PSB ficou dividido e descartou, praticamente, apoio a Odilon. O emedebista acabou levando a melhor e até conseguiu a filiação do deputado federal Elizeu Dionízio, nome da Assembleia de Deus Missões e forte entre os evangélicos.
A guinada do PSB para o palanque de Puccinelli deve causar debandada na sigla. O primeiro a sair foi o ex-prefeito de Dourados e vice-governador, Murilo Zauith, que ingressou no DEM. O deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que foi presidente da Sanesul na gestão emedebista e secretário estadual de Segurança tucano, deve sair para ficar no mesmo barco de Azambuja.
Agora, o PSB perdeu Ayache, que acompanhou o desalento dos brasileiros com a política e anunciou a desfiliação em postagem na rede social. “Depois de um processo de reflexão profunda, analisando o momento atual, bem como os projetos coletivos que mobilizam os meus compromissos de vida, tomei a decisão de me afastar da política partidária no momento e concentrar todos os meus esforços na gestão da Cassems, que, hoje, tem sob os nossos cuidados mais de 211 mil vidas”, afirmou.
“Desta forma, comunico a minha desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual tive a honra de ocupar a vice-presidência”, anunciou.
Ayache poderá continuar no comando da Cassems até o próximo ano, com chance de ser reconduzido para mais um mandato. Considerado um dos melhores do país, o plano de saúde conta com orçamento superior a R$ 550 milhões por ano.
“Temos vários projetos em andamento, como a inauguração do Hospital de Corumbá, a reforma e ampliação do Hospital de Dourados, a ampliação do Hospital de Campo Grande e a expansão dos programas de prevenção, entre tantas outras ações que exigirão total dedicação”, destacou, sobre os projetos que podem lhe render dividendos políticos no futuro.
Apesar de anuncia a saída da vida partidária, ele continuará no radar dos dirigentes para ser candidato nas próximas eleições. Com certeza, voltará a ser cotado para disputar a prefeitura da Capital em 2020.
Espera-se que até lá, a política brasileira tenha sofrido a depuração necessária e as urnas sejam a disputa de quem deseja construir um país melhor e não apenas a busca por foro para escapar ileso das denúncias de corrupção.