As eleições de 2018 começam a ser definidas em Mato Grosso do Sul com a definição dos pré-candidatos a senador nas principais coligações. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve fechar com as candidaturas do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), e do secretário estadual de Infraestrutura, Edinei Marcelo Miglioli.
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Com a definição, o tucano descarta a coligação com o senador Pedro Chaves, que trocou o PSC pelo PRB, partido que controla a Fundação Estadual do Trabalho. O empresário assumiu a vaga após a cassação do senador Delcídio do Amaral, preso ao articular o silêncio e a fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró.
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O juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) foi o primeiro a oficializar aliança em uma das duas vagas a senador. Ele fechou com o Podemos, que lançará o pecuarista Francisco Maia, ex-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), vereador da Capital por dois mandatos e vice-prefeito de Juvêncio César da Fonseca (PMDB).
O terceiro pré-candidato a governador, André Puccinelli (MDB), não oficializou, mas vem percorrendo o Estado com o senador Waldemir Moka (MDB), que deverá disputar a reeleição.
O emedebista sonhava em contar com Nelsinho, que apesar das denúncias de corrupção, lidera todas as pesquisas e é apontado como favorito na disputa do Senado.
No sábado, em Ivinhema, conforme o Correio do Estado, Nelsinho declarou apoio à reeleição de Azambuja. A decisão do ex-prefeito deverá garantir o apoio do irmão, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), ao tucano.
O PSD pode indicar o candidato a vice-governador na chapa de Reinaldo, um sonho do atual secretário municipal de Governo, Antonio Lacerda.
O outro candidato a senador deve ser Miglioli, que fez o anúncio no Facebook. Ele disputava a indicação com o secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, e o deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
Riedel foi presidente da Famasul e poderia disputar a preferência dos produtores rurais com Maia. Resende seria um representante da Grande Dourados, que sempre se mostrou fundamental em eleições, como a garantia do posto de vice-governador como George Takimoto (Marcelo Miranda), Braz Melo (Wilson Barbosa Martins), Egon Krakhecke (Zeca do PT) e Murilo Zauthi (André Puccinelli).
Com a decisão tucana, Pedro Chaves sobrou. O senador ainda tem como opção apoiar Puccinelli, considerando-se a sua proximidade com o presidente Michel Temer (MDB), o primeiro presidente a ser denunciado por corrupção e chefiar organização criminosa e ainda ter os sigilos quebrados pelo STF.
Odilon prefere compor com Chaves, a quem considera ficha limpa. No entanto, o ex-dono da Uniderp vai trazer desgaste para a campanha, principalmente, pelo voto para salvar o mandato do senador Aécio Neves (PSDB), gravado pedindo propina de R$ 2 milhões para a JBS e defendendo a obstrução da Operação Lava Jato.
Em manifestação no Facebook, Odilon descartou lançar um candidato do PDT, como chegou a ser negociado internamente. O partido cogitou lançar o ex-secretário estadual de Educação e ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi. Internamente, algumas correntes o avaliam como marca do PT.
O ex-governador Zeca do PT aparece em segundo nas pesquisas e corre por fora para disputar o Senado em chapa pura. O PT tem como pré-candidato a governador o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci.
Por fora e como azarão corre o atual superintendente do Ibama, Dorival Betini, a aposta do presidente regional do PR e ex-deputado por 11 mandatos, Londres Machado. Ele vem percorrendo os bairros da Capital e o interior como pré-candidato. O PR tem tempo de TV e recurso financeiro, mas não se divulgou com qual candidato a governador pretende disputar as eleições deste ano.
Os partidos vão definindo as chapas de olho no potencial de votos do pré-candidato, na estrutura do partido e no tamanho do fundo partidário.
O eleitor já deverá adotar outros critérios, como a ficha limpa e as propostas. Por enquanto, conforme as pesquisas, a maioria ainda não faz esta análise.