O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»“Modelo” usado para retomar Aquário não dispensa licitação e deu prejuízo milionário no Acre
    MS

    “Modelo” usado para retomar Aquário não dispensa licitação e deu prejuízo milionário no Acre

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt30/01/20185 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Governador e presidente do TCE usam acórdão do TCU que permite retomada de obra com preço estipulado pela vencedora, mas não mencionam o fato da empresa ter sido a terceira colocada no certame (Foto: Arquivo)

    O Acórdão 2.830/2016, do TCU (Tribunal de Contas da União), não prevê a dispensa de licitação para a conclusão de remanescente de obra pública. Este caso é citado como “jurisprudência” pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) para “legalizar” a contratação direta para a retomada da obra do Aquário do Pantanal. Além de não permitir a escolha de empresa sem concorrência pública, esse modelo causou prejuízo milionário na construção da sede da Justiça Federal do Acre.[adrotate group=”3″]

    Atendendo determinação do presidente da corte fiscal, conselheiro Waldir Neves, a assessoria jurídica recorreu ao acórdão relatado pela ministra Ana Arraes, do TCU, para destacar que é possível a contratação direta para remanescente de obra, desde que mantido os preços apresentados pelo vencedor do certame.

    Veja mais:
    Sem licitação, empresa que construiu mansão de Giroto é contratada para concluir Aquário

    Só que a Justiça Federal no Acre seguiu a Lei 8.666/93, que regulamenta as licitações no poder público. Como houve a rescisão com a primeira colocada e a segunda desistiu, a terceira colocada no certame assumiu e concluiu a obra.

    Isso significa que não houve a contratação direta, sem licitação, como argumentam o presidente do TCE, Waldir Neves, o procurador geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos, e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A principal base do “pacto nebuloso”, como definiu o jornal Correio do Estado, não tem amparo do TCU.

    Parecer da assessoria jurídica cita necessidade de se respeitar ordem de classificação, mas Aquário só teve dois participantes. O correto não seri anova concorrência pública pelo montante envolvido?

    Pela estratégia definida com o aval Neves, que já foi presidente regional do PSDB, e de Passos, que precisará do aval do governador para ser reconduzido para mais um mandato a frente do MPE, não foi preciso realizar nova licitação pública para concluir o Aquário do Pantanal, orçado em R$ 84 milhões, mas que já consumiu R$ 230 milhões dos cofres públicos.

    Ontem, o governador escolheu a Construtora Maksoud Rahe Ltda, de Campo Grande, com patrimônio social de R 1,8 milhão, para receber R$ 27,569 milhões para concluir o empreendimento. A outra empresa é a Tecfasa Brasil Soluções e Eficiência Energética, com patrimônio de R$ 500 mil, que ganhou o contrato de R$ 11,2 milhões.

    Elas foram contratadas apesar de não terem participado do certame realizado em 2010 pelo ex-governador André Puccinelli (PMDB). Na época, a licitação só teve dois participantes, a Egelte Engenharia, que teve o contrato rescindido, e a Travassos Azevedo, que foi convocada e não aceitou concluir a polêmica obra.

    A obra da Justiça Federal no Acre, usada como “modelo” para o acordo entre o TCE, MPE e Governo, foi licitada em 1999. A Construtora Alber Ganini venceu a licitação para receber R$ 5,8 milhões. Só que a empresa atrasou o serviço e o contrato foi rescindido em 1º de outubro de 1999.

    A segunda colocada não aceitou assumir a obra. Então, a Justiça Federal do Acre contratou a Albuquerque Engenharia Ltda, terceira colocada na licitação, que receberia R$ 5,112 milhões.

    No entanto, a empresa superfaturou e praticou sobrepreço na obra, o que levou a tomada de conta especial pelo TCU. Conforme o acórdão da corte, houve desvio de R$ 1,029 milhão na obra.

    No despacho, o TCU observou que a convocação da terceira colocada não foi ilegal, desde que fosse mantido o preço acordado pela vencedora.

    Em Mato Grosso do Sul, o “pacto” firmado pelo governador com o TCE e o MPE resultou na contratação de duas empresas que não participaram da licitação do Aquário. Ou seja, pela Lei de Licitações, a conclusão da obra só poderia ser feita mediante nova licitação.

    No entanto, o governador vem defendendo a contratação emergencial, após três anos de espera, como alternativa para concluir o Aquário no seu mandato.

    O TCE cita a “jurisprudência do TCU”, mas não deu publicidade ao acordo nem ao parecer jurídico que embasou o termo de ajustamento de conduta. Exatamente, porque o acórdão citado não prevê a contratação direta, mas o que já está previsto na Lei 8.666, ou seja, convocar os demais participantes do certame.

    Aquário do Pantanal ainda é investigado pela PF, que poderá desvendar eventual irregularidade nova. Obra emblemática na coleção de problemas (Foto: Arquivo)

    O procurador Paulo Passos se afastou do comando do MPE para disputar um novo mandato. Ele precisa ficar entre os três primeiros para integrar a lista tríplice ser nomeado pelo governador para novo mandato.

    O TCE não se manifestou.

    A assessoria do MPE também foi procurada ontem à tarde, mas não se manifestou até a publicação desta matéria.

    aquário do pantanal compra milionária sem licitação mpe paulo cezar dos passos reinaldo azambuja tcems tcu waldir neves

    POSTS RELACIONADOS

    TCU aprova com ressalvas contas do governo Lula de 2024

    BR 11/06/20253 Mins Read

    MPE cobra suspensão de repasses à FFMS mesmo com acordo para pagamento de R$ 128 mil

    MS 09/06/20254 Mins Read

    Estevão Petrallás vai pagar R$ 128 mil em acordo por irregularidades em contas da Liga de Futebol

    MS 08/06/20253 Mins Read

    PSDB aprova incorporação do Podemos, mas nova tática deve atrasar e não evitar debandada

    MS 05/06/20253 Mins Read

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Ex-funcionários do Consórcio relatam jornadas de 11 horas e condições desumanas de trabalho

    MS 12/06/20253 Mins Read

    Gasto com pessoal cresce R$ 447 mi, apesar de Adriane congelar salários de servidor há 3 anos

    MS 12/06/20255 Mins Read

    “Dona de zona” ganha 3 mil seguidores após se livrar de cassação por cobrar melhorias em postos

    MS 12/06/20252 Mins Read

    Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais

    BR 11/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.