A microempresa MR & JR Locação de Máquinas e Equipamentos Ltda venceu por uma diferença de R$ 33,81 e ganhou o maior contrato da operação tapa-buracos em Campo Grande. Dos sete lotes, a empresa ficou com dois e deverá faturar R$ 10,5 milhões por ano. Denunciada por fraude na gestão de Nelsinho Trad (PTB), a Pavitec Construtora também levou dois contratos, que totalizam R$ 10 milhões.
O resultado final da licitação lançada em abril deste ano foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial de Campo Grande. As empresas possuem cinco dias para questionar o resultado. No entanto, mais atraso no certame é tudo o que não deseja o prefeito Marquinhos Trad (PSD), que viu a popularidade ficar em xeque com a buraqueira da primavera.
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No total, houve redução de 22,38% no gasto previsto inicialmente, que passou de R$ 43,8 milhões para R$ 34,014 milhões. Se não houve nova atraso, a prefeitura prevê o início da operação na próxima semana, com cinco equipes por região. Marquinhos já anunciou que pretende acabar com os buracos até o fim de janeiro.
A última fase da licitação foi a convocação da MR & JR, por ser microempresa, a apresentar proposta inferior a primeira colocada. No lote de maior valor, que prevê a manutenção das vias na região do Anhanduizinho, a empreiteira venceu ao propor desconto de R$ 33,81 em relação a segunda colocada.
Declarada vencedora, a MR & JR, especializada no aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador, a empresa propôs executar o serviço por R$ 6.575.530,38, enquanto a Diferencial Serviços e Construções, tinha apresentado R$ 6.575.564,27.
Fundada em 18 de novembro de 2009 e com capital social de R$ 1 milhão, a empresa de Mário Batista de Oliveira Júnior ainda levou o lote 5, da região do Lagoa, por R$ 4.040.511,00. A vitória também foi apertada, mas com diferença maior, de R$ 5.142,99, em relação a segunda colocada, a Gradual Engenharia e Consultoria, com R$ 4.040.653,99.
A Pavitec, denunciada pela Força-Tarefa do MPE por fraude e desvio na operação tapa-buracos na gestão de Nelsinho, ficou com dois lotes. A manutenção das vias na região do Bandeira lhe renderá R$ 5,748 milhões. A do Segredo garantiu mais R$ 4,285 milhões.
Conforme denúncia do MPE, a Pavitec, que pertence a ex-secretária municipal de Finanças, Eva Souza Salmazo, teria superfaturado R$ 19,797 milhões dos R$ 22,3 milhões recebidos do município para fazer a operação tapa-buracos. O MPE pediu, em 17 de novembro deste ano, o bloqueio de R$ 290 milhões da empreiteira e outros envolvidos no suposto esquema criminoso.
A Diferencial também levou dois contratos, que somam R$ 8,9 milhões, sendo R$ 4,109 milhões do Centro e R$ 4,836 milhões do Imbirussu.
A Gradual ficou com o sétimo lote, do Prosa, que saiu por R$ 4,618 milhões.
Atualmente, com o fim dos contratos emergenciais que custaram R$ 24,3 milhões aos cofres públicos, a prefeitura mantém quatro equipes para fazer a manutenção das vias pavimentadas na cidade.
A buraqueira se transformou em pesadelo para os motoristas, que voltaram a conviver com o pesadelo de perder o pneu no deslocamento até o trabalho ou simples passeio pelas ruas e avenidas da Capital.
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