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    Dono de sete fazendas e suspeito de ocultar R$ 2,4 mi, “laranja” de ex-secretário não lucra com bois

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt01/12/20174 Mins Read
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    André Cance chegou a ser preso pela Justiça Federal. Na foto, ele deixa presídio após ser solto pelo TR3 (Foto: Arquivo/Midiamax)

    Suspeito de ser “laranja” do ex-secretário estadual adjunto de Fazenda, André Cance, o administrador de propriedades rurais e comerciante Evaldo Furrer Matos é, oficialmente, dono de sete fazendas. No entanto, coforme devassa feita pela Policia Federal na Operação Lama Asfáltica, ele não tinha renda para adquirir R$ 2,4 milhões em imóveis rurais, comprados entre 2010 e 2014.

    O mais grave, além de ocultar esta fortuna, Evaldo não contabilizou lucro com bois ou plantio de lavouras em seis propriedades rurais. Todos os indícios apontam que o real proprietário das fazendas seja Cance, apontado como operador financeiro do ex-governador André Puccinelli (PMDB), suposto chefe de uma das organizações criminosas investigadas.

    Nesta semana, o administrador não conseguiu comprovar nem que é dono da Fazenda Rio Negro II, que comprou em 2003. Em pedido feito à Justiça Federal, ele alegou que o imóvel foi arrendado e é administrado pelo filho, Antônio Martins Neto.

    Contudo, apesar de ser o proprietário do imóvel há 14 anos, Evaldo nuca declarou rendimento da propriedade.

    Para o juiz federal substituto Rodrigo Boaventura Martins, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, o mais estranho é que o endereço do ITR (Imposto Territorial Rural) da fazenda é o da casa de André Cance, no Bairro Tiradentes.

    Em 2012, o Comercial Tucanos vendeu maquinas agrícolas para a propriedade de Evaldo Furrer Matos, mas o endereço citado, de novo, era o do ex-secretário estadual adjunto de Fazenda.

    A Polícia Federal encontrou 63 notas fiscais emitidas  entre 2010 e 2015 em nome de Evaldo ou da esposa, Anesia Pereira Rocha. O endereço era o mesmo, o apartamento de André Cance, que, na época, ficava na Rua Goiás.

    Boaventura cita o depoimento do irmão do administrador, Cláudio Furrer Matos, que vendeu a Fazenda Pelejando, de 704 hectares e herdada do pai, Antônio Martins. Cance pagou de R$ 1,020 milhão a R$ 1,050 milhão pela propriedade, mas pediu para colocar em nome de Evaldo. Ele conta que “não sabe o motivo de transferir para o irmão”.

    A fazenda mudou de nome para Bom Jardim, que oficialmente foi arrendada para Ana Cristina Pereira da Silva, ex-esposa de Cance. Evaldo nunca declarou o arrendamento nem recolheu impostos sobre o lucro da propriedade.

    A PF e a Receita Federal constataram que Evaldo teve evolução patrimonial incompatível com o seus rendimentos em R$ 2,140 milhões entre 2010 e 2014. “O valor de R$ 2.140.416,48 (Dois milhões, cento e quarenta mil, quatrocentos e dezesseis Reais e quarenta e oito centavos) proveniente de origem desconhecida (indício de ocultação de bens, direitos e valores), podendo inclusive, conforme já foi mencionado, ter advindo de propinas recebidas em razão do esquema investigado na Operação Lama Asfáltica e repassadas por André Luiz Cance”, observa o magistrado, em despacho de 27 de novembro deste ano.

    Evaldo declarou ser proprietário de sete fazendas, entre as quais a Fazenda Bom Jardim, de 1.052 hectares, que herdou do pai em 1998.

    Só em Rio Verde do Mato Grosso, ele comprou três propriedades sem comprovar renda.

    Em 2010, conforme a PF, houve a compra da Fazenda Primavera, com 194,1 hectares, que custou R$ 350 mil, conforme declaração dos antigos donos.

    Em 2011, ele adquiriu a Fazenda Bom Retiro, com 580 hectares, por R$ 406 mil. Aqui há outra contradição, já que ele declara ser dono do imóvel desde 2010.

    A última compra foi em 2013, da Fazenda Dois Irmãos, com 607 hectares, que custou R$ 1,8 milhão. Em dois meses de 2015, ele pagou movimentou pouco mais de R$ 600 mil, mas conseguiu quitar a última parcela de R$ 800 mil.

    Juiz mantém bloqueio de fazenda comprada sete anos antes da operação

    O juiz federal substituto Rodrigo Boaventura Martins, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, manteve a indisponibilidade da Fazenda Rio Negro II, apesar da propriedade ter sido adquirida sete anos antes da fase investigada na Operação Lama Asfáltica.

    Evaldo Furrer Matos diz que comprou o imóvel em 18 de novembro de 2003, ou seja, fora do período investigado pela PF.

    No entanto, para o juiz, há indícios de que a propriedade pertença ao ex-secretário adjunto de Fazenda, André Cance.

    Furrer não declara rendimentos do imóvel e o endereço é o mesmo da residência de Cance.

    O magistrado negou o pedido para suspender a administração judicial e deixar o administrador de fazendas como fiel depositário. Ele pretendia oficializar o arrendamento para o filho, Antônio Martins Neto.

    Evaldo Furrer Matos recorreu contra a sentença ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

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