Aproximadamente 1,5 mil servidores públicos estaduais derrubaram as grades e tentaram furar o megaesquema de segurança montada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Junior Mochi (PMDB). Policiais reagiram com tiros e bombas de gás. Pela primeira vez na história, a Tropa de Choque ocupou o plenário para garantir a segurança dos deputados e a votação da reforma da previdência.
Em 40 anos de história de Mato Grosso do Sul, nunca os deputados estaduais votaram com a proteção da Tropa de Choque no Plenário Júlio Maia.
Na quinta-feira passada, os sindicalistas e funcionários ocuparam o plenário e impediram a votação da proposta em segunda. Pela proposta, a alíquota da previdência passa de 11% para 14% e o fundo, criado para resolver o problema do déficit no futuro, será extinto. O governador pretende sacar o dinheiro para pagar o 13º do funcionalismo.
Se o clima é tenso do lado de dentro, fora, a situação é de guerra.
As grades montadas para evitar o acesso ao Palácio Guaicurus foram derrubadas por volta das 9h da manhã desta terça-feira. Milhares de funcionários forçaram para entrar e quebraram a porta de vidro do acesso do legislativo.
Centenas de homens e mulheres conseguiram furar o bloqueio e entraram no prédio.
A Tropa de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo e efetuou tiros de borracha para afastar parte da multidão.
Azambuja imita o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que mandou a polícia bater nos professores contra as reformas administrativas impopulares no ano passado.
Neste ano, a PM do Rio de Janeiro também evitou o acesso dos servidores ao plenário para votar medidas polêmicas encaminhadas pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
O presidente do legislativo fluminense, Jorge Piciani (PMDB), que está preso, só permitiu acesso ao plenário mediante ordem judicial e ainda usou os assessores para lotar o plenário e permitir a entrada de apenas alguns manifestantes.
Até o momento, não houve feridos.
A Tropa de Choque, policiais com cães e cavalos protegem o prédio para evitar nova tentativa de invasão.
Ao votar um projeto com forte esquema de segurança, os políticos brasileiros vão se distanciando da população.
O clima é semelhante ao vivido pela França na véspera da revolução francesa: políticos vivem as regalias e mordomias a custas de sacrifício do restante da população.
1 comentário
EU VOTEI NESSE BANDIDO DESSE GOVERNADOR NUNCA MAIS.