A Justiça determinou a prisão de quatro pessoas, sendo duas preventivamente, a condução coercitiva de seis e 24 mandados de busca e apreensão na Operação Papiros de Lama, a 5ª fase da Lama Asfáltica. Na ação, que apura desvio superior a R$ 235 milhões, a Polícia Federal prendeu o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o filho, o advogado e professor universitário André Puccinelli Júinior.
A nova operação ocorreu com base em documentos apreendidos na fase anterior, Máquinas de Lama, realizada em 11 de maio, e na delação premiada de um empresário envolvido no esquema. De acordo com a CGU (Controladoria Geral da União), a investigação desvendou um esquema criminoso elaborado de ocultação de origem do dinheiro desviado dos cofres públicos.
A mega ação – que mobiliza 300 agentes da PF, da CGU e da Receita Federal – ocorre a quatro dias da convenção do PMDB, quando o ex-governador seria oficializado novo presidente regional. Caso confirmada a prisão preventiva de Puccinelli, o PMDB fica sem o seu principal nome para disputar o Governo do Estado. Ele liderava todas as pesquisas de opinião para a sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
A Operação Papiros de Lama é a primeira a ter o aval da Justiça Federal para prender o ex-governador. O primeiro pedido foi negado pelo juiz da 5ª Vara Federal, Dalton Kita Conrado, em julho de 2015.
O segundo foi feito em maio deste ano e a juíza Marchioli Leite, substituta da 3ª Vara Federal, determinou a colocação de tornozeleira eletrônica no ex-governador. Puccinelli só ficou livre após pagar fiança de R$ 1 milhão.
O terceiro pedido de prisão preventiva da Polícia Federal teria sido acatado pela Justiça Federal. O juiz substituto Ney Gustavo Paes de Andrade ficou encarregado pela Operação Lama Asfáltica, porque substituiu o juiz Fábio Luparelli, que pediu licença para fazer um curso e o titular, Odilon de Oliveira, se aposentou no dia 5 de outubro.
Conforme a investigação, o grupo de Puccinelli usava concessionária do serviço público para lavagem de capitais por meio de aquisição de obras jurídicas sem justificativa plausível. Na última fase, a PF já tinha revelado que a Águas Guariroba comprou 10 mil livros do advogado André Puccinelli Júnior como parte do esquema criminoso.
A nova modalidade revelada hoje é o direcionamento dos lucros por interposta pessoa.
O empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, e operador das campanhas eleitorais de Puccinelli e de Nelsinho Trad (PTB), também foi um dos alvos da operação.
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