O dia 25 de outubro de 2017 será lembrado na história do Brasil como a vitória do crime organizado e da corrupção. A vitória da turma do mal, que sai impune apesar das evidências de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa para roubar a Petrobras, Furnas e Caixa Econômica contou com o apoio dos deputados Tereza Cristina Corrêa da Costa (sem partido), Carlos Marun (PMDB), Geraldo Resende e Elizeu Dionizio, ambos do PSDB.
Os quatro deputados participaram da grande manobra para salvar outros corruptos notórios, como o senador Aécio Neves (PSDB), com nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal e gravado cobrando propina de R$ 2 milhões, sugerindo a obstrução da Lava Jato e até propondo assassinato para evitar delação premiada.
Placar do dia: 251 a 233
Dos deputados federais, 251 votaram contra a investigação de Temer e dois ministros. A oposição precisava de 342 votos, mas só conseguiu 233. Outros 25 deputados se ausentaram e dois se abstiveram.
Eles impediram que Temer fosse investigado por obstrução da Justiça e organização criminosa.
A primeira denúncia foi rejeitada por 263 votos a 227, quando Temer seria julgado por corrupção passiva.
É o dia da vergonha na política brasileira, que também livrou de serem julgados os ministros Elizeu Padilha e Moreira Franco, também arrolados como integrantes da quadrilha do PMDB. Só na delação do operador do PMDB, o economista Lúcio Bolonha Funaro, Temer e aliados teriam recebido R$ 250 milhões em propinas só em esquemas da Caixa Econômica Federal.
Metade da bancada no Estado votou contra o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB/MG), que negou o seguimento da denúncia contra Temer e os dois ministros no Supremo Tribunal Federal.
Ouviram a indignação do povo e votaram a favor da investigação os deputados Dagoberto Nogueira (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT.
É a segunda vez que o quarteto do mal – o evangélico Elizeu, a ruralista Tereza, o Pitt Bull de Temer, Marun, e o douradense Geraldo – salva Temer de ser investigado pelos crimes desvendados pelas investigações da Polícia Federal.
O eleitor sul-mato-grossense deve ficar atento, porque os quatro deputados possuem ligações estreitas com políticos envolvidos em mega esquemas de corrupção em Mato Grosso do Sul. Ou seja, eles apostam que os esquemas e a cultura do brasileiro ser conivente com a corrupção vão lhes garantir a reeleição em 2018.
Tereza Cristina e Marun fazem parte do grupo político do ex-governador André Puccinelli (PMDB), acusado de integrar organização criminosa que desviou R$ 230 milhões dos cofres públicos, conforme a investigação da Operação Lama Asfáltica. O peemedebista ainda foi citado por cobrar R$ 2,3 milhões de propina da Odebrecht e R$ 112 milhões da JBS.
Elizeu e Geraldo integram a base do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), acusado de conceder benefícios de aproximadamente R$ 1 bilhão à JBS em troca de R$ 38,4 milhões em propinas, conforme delação da empresa homologada pelo STF.
O tucano ainda é acusado de integrar esquema que cobrava propinas de empresários para manter incentivos fiscais, conforme denúncia veiculada no Fantástico, da TV Globo, em final de maio deste ano.
Os quatros não votaram apenas pela impunidade e a favor da manutenção da organização criminosa instalada no Palácio do Planalto.
Tereza Cristina integra a bancada ruralista, que apoio a salvação do presidente graças a duas medidas polêmicas: a portaria que dificulta o combate ao trabalho escravo e o perdão de 60% das dívidas ambientais dos fazendeiros.
Daqui um ano, os eleitores terão a oportunidade de acabar com dúvida cruel: apoiam ou não a corrupção?
Ninguém foi às ruas para protestar, repetindo o movimento a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Neste dia da vergonha, o brasileiro ficou em silêncio porque é corrupto ou porque cansou de se indignar contra a organização criminosa composta pelo presidente da República, dois ministros, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e Geddel Vieira Lima.
Dessa turma de Temer, quem não está preso, está no Planalto.
Eu não consigo não me manifestar, estou com vergonha deste País! Perdoem-me os leitores.
2 Comentários
Que turma do mal “nós arrumamos”, hein People? Hermano.
Ontem Temer passou mal e teve que ser internado, por causa de um problema urológico. Depois de fazer um exame raio-X os médicos conseguiram identificar a causa do problema, duas mãos grudadas no saco de Temer. Acredita-se que uma das mãos pertence ao deputado Carlos Marun e a outra a deputada Tereza Cristina!