Não é apenas o deputado federal Carlos Marun (PMDB), “ingênuo” defensor de Eduardo Cunha e do presidente Michel Temer, ambos do PMDB, que faz o eleitor sul-mato-grossense passar vergonha. O senador Pedro Chaves virou motivo de chacota nacional ao votar a favor de Aécio Neves, presidente nacional licenciado do PSDB e respondendo a nove processos por corrupção no Supremo Tribunal Federal.
No cargo sem ganhar um voto, já que herdou o mandato com a cassação de Delcídio do Amaral, Chaves é o líder do PSC. Na condição de líder do partido, ele orientou a bancada a votar pela condenação de Aécio, ou seja, pela manutenção do afastamento e das medidas cautelares determinadas pelo STF – não sair de casa à noite e entregar o passaporte.
No entanto, a bancada votou contra a orientação de Pedro Chaves. O ridículo da história: a bancada só tem um senador, o próprio Pedro Chaves (vou repetir para não ficar dúvidas). Ele não acatou a orientação dele próprio. É piada pronta.
Não é a primeira vez que o empresário muda de opinião para defender Aécio e dar o voto decisivo para manter o atual esquema de corrupção, que assombra o país com as malas de dinheiro em todos os jornais e televisões.
Quando houve o pedido de cassação do senador mineiro no Conselho de Ética, Pedro Chaves assinou o pedido para que o caso não fosse arquivado e fosse julgado. Na hora de votar novamente, graças a uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), ele mudou de ideia, deu o voto para arquivar a representação e salvar Aécio da cassação por corrupção e toda sorte de crime.
Além de debochar da população, o senador se tornou alvo de chacota nacional.
Pedro Chaves é o político sul-mato-grossense mais rico da atualidade, com patrimônio de R$ 69,3 milhões, conforme a declaração entregue em 2010 ao Tribunal Superior Eleitoral. Professor, ele foi o fundador e reitor da Uniderp por muitos anos.
Ele sonha em ser candidato em 2018 e aposta no esquema do presidente Temer para ser reeleito.
No entanto, não é o único líder a dar uma orientação e fazer outra. A deputada Tereza Cristina Corrêa da Costa (PSB) foi destituída da bancada nesta quarta-feira.
Fiel defensora de Temer, ela é dissidente no partido. Na primeira denúncia contra o peemedebista, de corrupção passiva, ela orientou a bancada a votar contra o presidente. No entanto, ao votar, ignorou a própria orientação e o partido para votar pela manutenção de Temer no poder, apesar dele só ser aprovado por 3% dos brasileiros.
Tereza foi eleita pela primeira vez em 2014 e gastou uma fortuna para conseguir a eleição de deputada federal. Conforme a prestação de contas, La gastou R$ 4,298 milhões.
Apesar de ser dona de fazendas e empresária, a parlamentar declarou à Justiça Eleitoral ter apenas, somente, R$ 10.360,98 de patrimônio.
Conforme a delação do operador do PMDB, Lúcio Funaro, Tereza Cristina fazia parte da suposta bancada mantida por Cunha, ex-presidente da Câmara e condenado, em um dos processos, a 14 anos por corrupção.
No entanto, Funaro não menciona valores, pelos menos nos vídeos, que teriam sido repassados à deputada.
2 Comentários
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PARABENS PSB TEM TIRAR ESSA DEPUTADA TEREZA CRISTINA DEFENDENDO BANDIDO QUE É TEMER.