Ação por improbidade administrativa cobra R$ 10,6 milhões de Jedeão de Oliveira, que foi diretor de secretaria da 3ª Vara Federal contra Lavagem de Dinheiro de Campo Grande e funcionário de confiança do juiz Odilon de Oliveira por 21 anos. Ele foi demitido após a descoberta dos crimes e denunciado por apropriação de dinheiro público
O MPF (Ministério Público Federal) ingressou com a ação no início de julho deste ano, logo após a conclusão de sindicância administrativa pelo Tribuna Regional da 3ª Região, em maio deste ano.
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De acordo com a presidente do TRF3, desembargadora Cecília Marcondes, a investigação administrativa confirmou que o ex-servidor praticou os crimes de improbidade administrativa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema de informações da administração.
O desvio do dinheiro público foi descoberto pela juíza substituta Monique Machioli Leite, que se tornou protagonista da Operação Lama Asfáltica, a maior ação contra a corrupção em Mato Grosso do Sul. Ela descobriu as irregularidades e alertou Odilon, que demitiu ex-colaborador.
Após ser demitido, Jedeão foi investigado pela Polícia Federal, que o indiciou pelos crimes contra a administração pública.
A ação penal por falsidade ideológico e crimes contra a administração pública tramita na 5ª Vara Federal de Campo Grande e encontra-se na fase de ouvir as testemunhas.
Já a ação por improbidade administrativa tramita em segredo na 4ª Vara Federal, do juiz Pedro Pereira dos Santos. Como o processo é sigiloso, apesar do interesse público, não há informação do montante desviado por Jedeão. O valor total inclui a devolução e multa por danos morais.
No ano passado, a Advocacia Geral da União (AGU) ingressou com quatro ações pedindo a devolução de R$ 235 mil. No entanto, como houve a ação cobrando valor maior pelo MPF, estes processos devem ser arquivados.
Procedimento administrativo tinha apontado que ele praticou 26 vezes o crime de se apropriar de dinheiro público, que deveria ficar sob a guarda da 3ª Vara Federal de Campo Grande.
O Jacaré procurou o advogado de defesa de Jedeão, José Roberto da Rosa, mas ele não se manifestou sobre o caso.
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