A cedência do investigador da Polícia Civil, Eduardo Juliace de Araújo, pelo Governo do Estado para trabalhar na Câmara Municipal de Campo Grande causou polêmica nesta quarta-feira. O Jacaré pisou na bola ao embarcar na história, de que ele iria reforçar a investigação conduzida pela CPI do Táxi. Conforme o Blog do Nélio, o policial é filho do casal que detém a segunda maior frota de táxi na Capital.
Proposta pelo vereador Vinicius Siqueira (DEM), a comissão foi constituída para investigar a suposta “máfia do táxi”, que atua no município há décadas sem ser incomodada, apesar das denúncias.
De acordo com o parlamentar, o investigador foi cedido para trabalhar no gabinete do vereador Ayrton de Araújo (PT). Ele destacou, após a publicação da matéria, que a CPI mantém o trabalho independente.
Eduardo é filho do casal Orocídio de Araújo e Maria Helena Juliace de Araújo. De acordo com o Blog do Nélio, Orocídio de Araújo, Maria Helena Juliace de Araújo, o irmão dela, Benevides Juliace Ponce, e a esposa dele, Gleicekermen Bogarim Godoy Ponce, têm juntos 39 carros.
Apenas o pai do policial é proprietário de 15 alvarás, enquanto a mãe tem outros seis. O tio, o irmão dela, Benevides Juliace Ponce tem mais 14 alvarás e a tia, Gleicekermen Bogarim Ponce, tem outros 3 alvarás.
Além disso, conforme a denúncia, o site consulta de sócio revela que o policial é dono de uma empresa de táxi.
No meio da tarde, O Jacaré embarcou na história e colocou em xeque a isenção da CPI do Táxi. No entanto, infelizmente, a informação está errada e o site pede desculpas aos cinco integrantes da comissão e a Eduardo Juliace de Araújo pelos transtornos com a divulgação e por não ter checado antes de divulgá-la.
O relator da CPI, o vereador Odilon de Oliveira (PDT), disse que a CPI vem caminhando dentro do espírito proposto. “Nós já levantamos algumas incongruências entre os depoimentos e as documentações, o que pode nos motivar a tomar algumas medidas judiciais”, declara.
Esta matéria foi reescrita, corrigida e republicada para evitar a permanência de eventual injustiça.