O presidente da República, Michel Temer (PMDB), será denunciado pela segunda vez ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira. Desta vez, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, acusará o peemedebista de organização criminosa e obstrução da Justiça. No entanto, será que dos oito deputados sul-mato-grossenses, quatro vão ignorar os apelos da população e repetir os votos a favor da corrupção?
O Brasil não aguenta mais a onda de denúncias de corrupção sem nenhuma punição.
Deputados ignoram apelo, salvam Temer e votam pela corrupção
Enquanto os brasileiros pagam a conta, com aumentos abusivos nos combustíveis e no pedágio, o Palácio do Planalto se transformou em bunker do crime organizado, conforme as inúmeras denúncias, contra a Policia Federal, o procurador geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
A primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. O presidente foi salvo com os votos dos deputados Elizeu Dionizio e Geraldo Resende, ambos do PSDB, Tereza Cristina Corrêa da Costa (PSB), e Carlos Marun (PMDB).
Os outros quatro deputados – Dagoberto Nogueira (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT – votaram a favor do julgamento do presidente. As evidências eram a gravação feita pelo empresário Joesley Batista e o vídeo do então assessor presidencial, o ex-deputado Rocha Loures (PMDB), puxando uma mala com meio milhão de reais.
A nova denúncia é mais grave. Temer será denunciado por organização criminosa. Conforme o doleiro Lúcio Funaro, ele chefiava o “quadrilhão” do PMDB na Câmara, articulou diuturnamente o impeachment de Dilma Rousseff (PT), comprou deputados e recebeu propinas. Em um único processo, a PF o acusa de ter recebido R$ 31 milhões.
O peemedebista ainda será acusado de obstrução da Justiça por ter supostamente comprado o silêncio de Funaro e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). A JBS pagou para evitar a delação de ambos, presos na Operação Lava Jato.
A situação é tão vergonhosa, que nesta quinta-feira, a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na residência e no gabinete do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, acusado de chefiar uma quadrilha no Mato Grosso.
O principal escudeiro de Temer, o ex-ministro Gedel Vieira Lima, foi preso pela segunda vez depois que os policiais encontraram R$ 51 milhões em malas e caixas de dinheiro.
Agora, caberá ao eleitor sul-mato-grossense apontar aos deputados que não sejam mais coniventes com a roubalheira instalada na República.
Dionizio e Geraldo contrariaram a maior parte da bancada tucana na Câmara para votar a favor de Temer. Eles ainda passaram vergonha na liberação das emendas, porque o petista Vander Loubet, que votou contra o presidente, conseguiu empenhar valores mais significativos para os municípios.
Tereza Cristina fez pior ainda ao votar a favor da corrupção, porque é líder e votou contra a orientação que ela mesma deu aos deputados do PSB.
Marun não mudará jamais, porque é fiel aos amigos. Este é o grande mérito do deputado gaúcho, mas eleito por Mato Grosso do Sul: nunca abandona os amigos, nem que isso signifique desgaste.
Ele continua fiel a Eduardo Cunha, o qual defendeu quando era o mais poderoso no Congresso e segue defendendo, mesmo atrás das grades em Curitiba. Agora, Marun é o “tesouro” de Temer, o qual defende em todas as situações.
A população não precisa sair às ruas, mas, pelo menos, deverá dizer aos seus deputados que votem contra a corrupção, pela punição de todos os corruptos e ajudem o Brasil a evoluir.
Do jeito que está, com os políticos vivendo no paraíso e o povo sofrendo no purgatório, não dá mais.
E a mudança pode começar no momento em que você for orar junto ou conversar com o seu deputado ou deputada.