A prisão do ex-vereador de Bonito, Erregianio da Rosa, o Régis, 39 anos, com 412,5 quilos de cocaína embalada em caixas da McDonalds no caminhão de boiadeiro. Não é a primeira prisão de político com drogas no Estado, mas expõe a proximidade entre a política e o tráfico internacional de drogas.
Régis, como é conhecido em Bonito, foi preso pela Polícia Federal junto com outros dois companheiros, Ivo Vargas Neto e Paulo Eduardo Silva Guimarães. Eles pegaram a droga em Bela Vista e foram presos em Campo Grande. A Carga está avaliada em R$ 8,2 milhões.
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, Regis foi candidato pelo PEN (Partido Ecológico Nacional) e não conseguiu a reeleição, apesar de ter obtido 268 votos. À Justiça Eleitoral, o candidato não declarou nenhum patrimônio.
Em 2012, ele foi candidato pelo PT e obteve 200 votos. Assumiu a vaga após o titular ser cassado por compra de votos.
No mês passado, o ex-secretário municipal de Paranhos, na fronteira com o Paraguai, foi preso com 830 quilos de maconha na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
A relação da política com tráfico de drogas é antiga em Mato Grosso do Sul. Em 22 de outubro de 1995, o ex-prefeito de Maracaju, Jair do Couto, foi preso com 670 quilos de cocaína, até hoje uma das maiores apreensões do País. A droga seria levada para Istambul, na Turquia. Couto morreu em 2012.
Em 2012, o ex-prefeito de Aral Moreira e secretário municipal de Administração em Amambaí, Cleomar Dutra Flores, foi preso com 45 quilos de cocaína na MS-156. Na época, ele revelou que receberia R$ 15 mil pelo transporte.
Em 2004, a Polícia Nacional do Paraguai prendeu o ex-vereador de Ponta Porã, Nélio Alves de Oliveira, com 260 quilos de cocaína provenientes da Colômbia.
Outro ex-vereador, de Aquidauana, o piloto de avião, Mário de Jesus Alves da Silva, 60, foi flagrado com 200 quilos de cocaína em uma aeronave em Itu, interior de São Paulo.