As polêmicas e as teorias da conspiração só aumentam com a realização do concurso público para delegado da Polícia Civil, previsto para domingo. A advogada Denise Puccinelli, filha do ex-governador André Puccinelli (PMDB), vai fazer a prova em sala especial. A outra polêmica é a inscrição do ex-secretário especial na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) e ex-procurador municipal de Itaquiraí, Silvano Luiz Rech.
Com 9.760 inscritos para as 30 vagas, o certame atraiu notáveis, como o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB), e o ex-secretário municipal da Juventude de Campo Grande, Wilton Edgar Acosta.
Deputado federal e ex-secretário municipal disputam concurso
Além da estabilidade, o cargo garante salário inicial de R$ 14,9 mil por mês. O subsídio pode chegar a R$ 40 mil para delegado classe A e no topo da carreira. Sem falar, que o cidadão é a autoridade no município onde for lotado.
A filha de André se tornou no assunto dos grupos de whatsapp e nas redes sociais ao ser a única candidata da letra “D” a fazer a prova no andar térreo da Uniderp Anhanguera. O Jacaré enviou o questionamento para a Fapems, responsável pelo concurso, mas não obteve resposta porque ela fará a prova sozinha.
Ao jornal Midiamax, a Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização explicou que a advogada é lactante e tem direito a sala especial para amamentar durante a prova. Denise poderá deixar o local da prova acompanhada de um fiscal para atender o bebê.
Candidata não estará sozinha
A Secretaria de Administração, por meio da assessoria, informou que Denise Puccinelli não estará sozinha, como estão propagando nas redes sociais.
Ela fará a prova no térreo em uma sala com outros 59 candidatos, informou, em e-mail enviado no final da tarde desta sexta-feira.
Nesta sexta-feira, o assunto é a inscrição do advogado Silvano Luiz Rech, que foi secretário especial de Azambuja até março deste ano, quando tinha salário de R$ 24,3 mil por mês. Ele era o superintendente de Licitações e caiu junto com o poderoso chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula em março deste ano, na reforma administrativa.
No entanto, Rech retornou como assessor especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo) em 30 de maio deste ano, mas com salário menor, de R$ 9 mil, conforme o Portal da Transparência.
Ele tinha prestígio na administração tucana e até foi um dos contempladas com a Medalha Tiradentes, concedida pela Polícia Militar no ano passado.
O concurso de delegado transformou-se no mesmo nível do de auditor do Tribunal de Contas do Estado, que atraiu notáveis da gestão de Puccinelli, com a ex-secretária de Assistência Social, Tânia Garib, entre outros.
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Que haja transparência no certame.