O Senado gasta uma fortuna para manter os 81 senadores – salários, funcionários, cota parlamentar e outros gastos. Dos três parlamentares de Mato Grosso do Sul, o destaque fica com Pedro Chaves (PSC), apesar de ser o mais rico, ele é o que mais gastou neste ano e tem o maior número de funcionários.
Os três – Chaves, Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB – defendem a gestão de Michel Temer (PMDB), o primeiro presidente denunciado por corrupção na história republicana. Nunca cobraram o afastamento dos atuais ministros envolvidos em denúncias de corrupção e estão longe de repetir a trajetória de liderança nacional, alcançada por José Fragelli e Ramez Tebet, que presidiram o Congresso, e Delcídio do Amaral.
Pedro Chaves conta com 36 funcionários, sendo 18 no gabinete e 18 no escritório político em Campo Grande. Ele tem o maior número de funcionários. Moka conta com 33, sendo 23 em Brasília e 10 na Capital. Simone tem 28, sendo 20 no gabinete e oito no escritório.
Os salários pagos aos funcionários dos senadores varia de R$ 2,6 mil a R$ 35,3 mil (para a uma funcionária efetiva). O maior valor pago aos comissionados é de R$ 20,9 mil.
Além dos funcionários, os senadores possuem a cota parlamentar para gastos com passagens aéreas, serviços de segurança, divulgação de atividade parlamentar, aquisição de material de consumo, locomoção e aluguel para escritório político, tudo pago pelo contribuinte.
O maior gasto de janeiro até julho foi de Pedro Chaves, que utilizou R$ 243 mil da cota parlamentar e outros gastos (correios).Moka ficou em segundo lugar, com R$ 144,8 mil, enquanto Simone custou R$ 130 mil.
Além disso tudo, os senadores ainda recebem subsídio mensal de R$ 33.763 por mês. Simone e Moka usam imóvel funcional do Senado. No entanto, Pedro Chaves recebe auxílio moradia de R$ 5,5 mil por mês.
O curioso é que Chaves é o mais rico dos três. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, em 2010, quando foi suplente de Delcídio, ele declarou patrimônio de R$ 69,3 milhões.
Empresário da área educacional, o senador está a quilômetros de vantagens de Simone, que declarou patrimônio de R$ 1,575 milhão em 2014. Moka é o mais pobre, com R$ 340,9 mil declarados em 2010.
Ele foi o único dos três a declarar gastos com segurança.
Pedro Chaves assumiu o mandato com a cassação de Delcídio, que foi acusado de tentar comprar a fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró.
A última polêmica do senador foi a mudança de postura em relação ao senador Aécio Neves (PSDB), gravado cobrando propina do dono da JBS, Joesley Batista. Apesar da irmã do tucano estar em prisão domiciliar e das imagens do pagamento de R$ 2 milhões em propina, Chaves votou pelo arquivamento do pedido de cassação de Aécio.