A Polícia Federal concluiu parcialmente a investigação da denúncia do suposto pagamento de R$ 50 mil pelo setor de propinas da Odebrecht ao deputado federal Vander Loubet (PT). No entanto, o processo terá continuidade sob o comando de novo relator no Supremo Tribunal Federal.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato e responsável pela homologação da Odebrecht, concordou com a redistribuição do caso. Na quarta-feira, a ministra Carmem Lúcia, presidente da corte, fez a redistribuição e designou o novo relator do processo, o ministro Celso de Mello.
Deputado é investigado por R$ 50 mil
Vander é acusado de ter recebido R$ 50 mil do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em 2010, quando disputou a reeleição. Ele não teria declarado o valor à Justiça Eleitoral.
Com base nesta delação premiada, ele passou a ser investigado pelo crime de falsificação ou ocultação de documento, previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, que prevê pena de até cinco anos de prisão.
O deputado federal nega a irregularidade e destaca que as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Com a mudança de relator, caberá a Celso de Mello decidir pela prorrogação do prazo de investigação feito pela PF.
Sobrinho do ex-governador e deputado federal Zeca do PT, Vander é réu em outro processo da Operação Lava Jato. O STF aceitou a denúncia contra o petista, em que ele é acusado de receber propina de R$ 1,028 milhão da BR Distribuidora.
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, recorreu contra a absolvição de Fabiane Karina Miranda Avanci. O ministro Edson Fachin deu prazo para ela apresentar a defesa.
Já sobre a esposa de Vander, Roseli da Cruz Loubet, o ministro homologou a sua absolvição neste caso. O outro réu é o irmão de Roseli, o advogado Ademar Chagas da Cruz.
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