Campo Grande passou a ser sacudida por crimes bárbaros e chocantes. Para agravar a situação, a impunidade transformou a cidade em “velho oeste”, como o atentado no Jardim Carioca, em que terminou com dois mortos e o motorista do Uber ferido a tiros. A violência dos últimos dias sepultou a fama de “provinciana” e “cidade tranquila”.
A cidade não vem registrando apenas crimes, mas casos chocantes pela brutalidade, violência sem limites e sem distinção de classe social.
No dia 10 deste mês, o engenheiro agrônomo Sebastião Mauro Fenerich, 69 anos, foi morto e queimado. A suspeita é de que o crime brutal envolva agiotagem e endinheirados, mas nenhum suspeito foi preso.
Desaparecido desde o final de junho, Kauan Andrade Soares dos Santos, 9, cuidava de carros, foi estuprado e brutalmente assassinado pelo professor Deivid Almeida Lopes, 38, preso e suspeito de ter abusado de outras nove crianças. O corpo do garoto ainda não foi localizado.
Vereador por cinco mandatos em Campo Grande, Cristovam Silveira, e a esposa, Fátima, foram brutalmente assassinados a facadas. A mulher ainda foi queimada. O caseiro, filho e sobrinho foram presos acusados dos assassinatos.
A musicista Mayara Amaral, 27 anos, foi morta a marteladas dentro de um motel pelo namorado, o baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, 29, e mais dois comparsas.
Para concluir a exposição da barbárie que assola a Capital, o motorista do Uber, Nelson Miyashiro Tobaru, 38, pode ficar paraplégico após ser feridos a tiros num atentado. Bandidos usaram pistolas calibres .40 e .380 para matar Maickon Alves Marques, 22, e Reynan Felipe Alves de Oliveira, 20. Os dois jovens seriam alvo de vingança pelo assassinato ocorrido na semana anterior no Bairro Campo Alto, na saída para São Paulo.
Campo Grande passou a ser sacudida por crimes chocantes e bárbaros
No clima, a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) vai lançar campanha pela paz. Maravilha, mas antes de recuperar a tranquilidade, é preciso Justiça e o fim da impunidade.
Os bandidos precisam saber que serão punidos pelos crimes. Precisamos recuperar a civilidade e por fim ao império da justiça com as próprias mãos.
O mais legal da “província” é tomar tereré na calçada, conversar com os vizinhos e amigos com a certeza de teremos, acima de tudo, paz.
Também precisa garantir tranquilidade para quem deseja trabalhar, como foi o caso do motorista do Uber. Não temos praia, mas já incorporamos o mesmo terror e medo que se misturam no ar do Rio de Janeiro.