A estratégia de elevar o valor do parquímetro para R$ 3 falhou e o lucro da concessionária será menor. Inicialmente, a empresa planejava surfar na onda do encarecimento do estacionamento no Centro de Campo Grande e obter a autorização para elevar o faturamento em R$ 6 milhões por ano. No entanto, a repercussão negativa frustrou os planos e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) deverá autorizar reajuste de 20%, elevando o valor da hora de R$ 2 para R$ 2,40.
Administrada por Thiago Bigolin, a Frexpark solicitou reajuste de 90%, para elevar o custo da hora para R$ 3,80. No entanto, a medida era apenas ensaio para obter o reajuste de 50%. Antes da prefeitura aprovar o novo valor, funcionários já estavam informando os motoristas de que o valor saltaria para R$ 3.
No entanto, conforme O Jacaré divulgou no mês passado, o faturamento da empresa teria aumento de aproximadamente R$ 6 milhões anuais. Como a cidade está em crise, os servidores municipais sem reajuste há três anos, Marquinhos recuou e furou o balão de ensaio.
Na noite desta quarta-feira, o Conselho Municipal de Regulação aprovou o reajuste de 20%. A sugestão segue para o prefeito, que deverá homologar o valor sugerido pela Agereg (Agência Municipal de Regulação).
Apesar de ser somente de R$ 0,40 o reajuste, o impacto na conta da Flexpark será de R$ 2,1 milhões, considerando-se as 2.096 vagas controladas no Centro de segunda a sexta-feira, sem calcular o movimento de sábado.
A empresa pretendia aproveitar o encarecimento abusivo no preço do estacionamento particular no centro. Em alguns locais, a hora estava em torno de R$ 10.
O Conselho também aprovou a criação de 217 novos alvarás para táxi, elevando o número de veículos de 490 para 707. Também serão criados 148 alvarás para mototáxi.