O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Escândalo da JBS compromete investimentos e pode provocar demissão em massa no Estado
    MS

    Escândalo da JBS compromete investimentos e pode provocar demissão em massa no Estado

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt22/06/20174 Mins Read
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Venda da Eldorado pode comprometer mais de R$ 10 bilhões em investimentos e deixar de criar 40 mil empregos no Estado

    O escândalo da JBS, o maior produtor mundial de carne, pode ampliar a crise na economia sul-mato-grossense e aumentar o número de trabalhadores demitidos neste ano. O Estado pode enfrentar o primeiro retrocesso na industrialização, impulsionada pelos incentivos fiscais e com dados positivos desde o governo de Zeca do PT e mantido pelo sucessor, André Puccinelli (PMDB).

    Nos últimos 18 anos, Mato Grosso do Sul conseguiu implementar política de industrialização com bons resultados, o que resultou na criação do “vale da celulose” em Três Lagoas, frigoríficos e usinas de açúcar e etanol.

    No entanto, a delação da JBS acusou que os incentivos só foram concedidos mediante pagamento de propina. Supostamente idealizado por Zeca, o esquema foi mantido por Puccinelli (R$ 112 milhões em propinas) e pelo tucano Reinaldo Azambuja (R$ 38,4 milhões).

    No meio de escândalo, o grupo que mais investiu e gerou empregos no Estado. O mais grave é que a revelação ocorre quando Mato Grosso do Sul volta a eliminar postos de trabalho. Em maio deste ano, segundo o Ministério do Trabalho, houve o fechamento de 1.161 vagas de emprego, o pior resultado registrados em 15 anos.

    A notícia não poderia ocorrer em pior momento. O governador e a cúpula da economia estão acuados por denúncias de cobrança de propina e devem ser alvos de investigações no legislativo, na polícia, no Ministério Público Estadual e no Superior Tribunal de Justiça.

    A multinacional JBS também está acuada. A primeira medida do grupo, que deverá ter reflexo no Estado, é a venda da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, onde produz 1,6 milhão de toneladas de celulose por ano.

    Com a empresa nos classificados, o grupo desistiu da proposta de duplicar a capacidade de produção, que deveria resultar em investimentos de R$ 6 bilhões e a criação de 20 mil empregos diretos na fase de construção.

    Caso a Araucho, empresa chilena, compre a Eldorado, a perspectiva é de pelo menos manter a atual estrutura. O risco maior é a compra pela Fibria, que iniciou as obras para ampliar a sua unidade sul-mato-grossense. O mais provável é que unifique as operações e ganhe fôlego logístico, mas que poderá comprometer os investimentos na duplicação. Ou seja, numa tacada só, a venda da Eldorado poderá tirar do Estado mais de R$ 10 bilhões em investimentos e 40 mil empregos.

    Não bastasse este cenário, o Governo de Michel Temer (PMDB), acusado de ser chefe de organização criminosa pelo dono da JBS, Joesley Batista, decidiu usar o poder de estado para prejudicar o grupo.

    A primeira medida já atingiu Mato Grosso do Sul com a sanção aplicada pelo Ministério da Agricultura em suspende a venda de carne pela unidade da JBS de Campo Grande para os Estados Unidos. O frigorífico é uma das maiores unidades do grupo e abate cerca de 3 mil bovinos por dia. Se manter este cenário, a JBS deve começar a demitir, agravando o quadro de desemprego no Estado.

    Isso porque ainda pode sofrer sanções por parte do governador Reinaldo Azambuja, que já anunciou a revisão dos incentivos fiscais concedidos ao grupo. O tucano pode administrar com o fígado, considerando-se que perdeu força política e corre sério risco de não ser reeleito em 2018.

    Neste cenário, a indústria pode ter a primeira retração no Estado. Entre 2002 e 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria cresceu 405%, de R$ 8,4 bilhões para R$ 42,9 bilhões. Este crescimento, com a criação de empregos com melhores salários, o setor impulsionou a economia estadual, que cresceu 381%, de R$ 14,6 bilhões para R$ 70,3 bilhões.

    O primeiro a sentir os efeitos deste novo cenário é o trabalhador, com a redução de empregos e opções de salários.

    celulose ECONOMIA eldorado frigorífico indústria jbs reinaldo azambuja

    POSTS RELACIONADOS

    “MS tem escapado da crise econômica do país”, diz Riedel, ao exibir pacote de bondades da reta final do governo

    MS 10/08/20223 Mins Read

    Sem ganho real pelo 4º ano, salário mínimo será de R$ 1.294 em 2023, prevê LDO

    BR 10/08/20222 Mins Read

    Riedel promete “choque de gestão” na educação, bolsas para estágio e escolas em tempo integral

    MS 09/08/20222 Mins Read

    No vermelho, 64% dos brasileiros cortaram gastos com inflação alta, diz pesquisa

    BR 08/08/20223 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Sem casas para apadrinhados: Marquinhos diz que vai repetir “fórmula do sucesso” na política habitacional

    MS 12/08/20222 Mins Read

    Enquanto Reinaldo deve ser denunciado à ONU, Riedel promete paz e ouvir imensa comunidade indígena de MS

    MS 12/08/20223 Mins Read

    Candidato ao governo, Puccinelli diz que devolução de passaporte repara 4 anos de injustiça

    MS 12/08/20222 Mins Read

    Patrimônio de Soraya Thronicke salta de R$ 10 mil para R$ 783 mil em quatro anos

    MS 12/08/20222 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    © 2022 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.