Com toda a força policial de elite mobilizada para encontrar os autores do roubo cinematográfica ao carro forte no sul de Mato Grosso do Sul, bandidos fortemente armados retornaram a Figueirão, a 246 quilômetros de Campo Grande e na região norte do Estado. Eles voltaram a explodir a mesma agência do Bradesco, que foi alvo de ataque há quatro meses e tinha sido reinaugurada há 15 dias.
O terror voltou a marcar a madrugada dos 3.020 moradores do município. Conforme as primeiras informações, a quadrilha explodiu o caixa eletrônico do Posto de Atendimento do Bradesco por volta das 2h deste sábado. Além de destruir o local, eles metralharam as paredes. Vizinhos que tentaram espiar o roubo teriam sido alvos de tiros.
A quadrilha destruiu o caixa eletrônico e fugiu com o dinheiro. É a segunda vez que o local é destruído neste ano. Em 4 de fevereiro, também na madrugada de sábado, a quadrilha chego explodiu o caixa. O estrondo foi ouvido em toda a cidade. Naquela ocasião, o caixa estava com R$ 210 mil.
Se o assalto mobilizou toda a polícia, não se sabe. A única certeza é que a organização criminosa vem agindo impunemente na região norte do Estado.
Há exatamente um mês, os criminosos explodiram a agência da Caixa Econômica Federal em Paranaíba, na região do Bolsão de MS. Eles estavam fortemente armados e usaram explosivos para destruir os caixas e roubar o dinheiro, inclusive o destinado para o pagamento dos trabalhadores que iam sacar as contas inativas do FGTS.
Várias coincidências entre os dois roubos: a quadrilha estava fortemente armada, usou explosivos, a cidade fica na divisa com Goiás e o assalto ocorreu às 2h da madrugada.
A explosão em Figueirão ocorreu justamente quando todas as forças de elite das polícias civil e militar estão mobilizadas para descobrir os autores do mega assalto ao carro forte na rodovia MS-156, entre Caarapó e Amambaí. A quadrilha usou metralhadora .50 e usou explosivos suficientes para reduzir o carro forte a carcaça.
O valor roubado no assalto não foi revelado, mas mobiliza o Garras, o Bope e o DOF, que comandam a varredura em toda a fronteira com o Paraguai.
Os ataques mostram que o crime organizado – além de mais organizado – está presente em todo o estado e tem sido mais eficiente, para nosso desalento, do que a atual política de segurança pública implementada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).