Com a divulgação da bomba supersônica, a delação dos bilionários donos da JBS,a maior empresa brasileira e mundial na produção de carnes, só há um caminho para o Brasil resgatar o dignidade e o controle da sua história: a prisão do presidente da República, Michel Temer (PMDB), e do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves.
Os fatos são gravíssimos e corroboram a tese gravada pelo ex-senador Sérgio Machado (PMDB) , que teria sido dita pelo senador Romero Jucá (PMDB), atual líder do Governo no Congresso. O objetivo era barrar a Operação Lava Jato, que vamos definir como a nossa versão das Mãos Limpas, a ação contra a corrupção na Itália.
Jucá liderava o grupo que pretendia barrar o combate a corrupção. A primeira medida seria a deposição de Dilma Rousseff (PT), que ocorreu há um ano. A segunda seria com a saída da operação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que morreu num misterioso acidente aéreo.
Agora, sabemos outros detalhes do plano secreto. Temer manteve a ação para minar a ação de combate à corrupção. Os antecedentes comprometem a credibilidade do presidente. Só os idiotas e beneficiados pelo seu governo não enxergam os robustos indícios.
A primeira evidência veio de Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba e dono do poderoso conglomerado da construção civil. Ele contou que Temer pediu R$ 10 milhões para a campanha de 2014 no Palácio Jaburu. O pedido não foi feito por tesoureiro, deputado ou tesoureiro informal.
Após a divulgação, houve manobra diversa para mudar a história. Como a de que a reunião para pedir os R$ 10 milhões foram na residência oficial e durante um jantar, mas, no momento do pedido, o anfitrião, nosso atual presidente, saiu do jantar. Elizeu Padilha, atual ministro, aproveitou a ida de Temer ao banheiro para pedir, rapidinho, o repasse ilegal. O dinheiro foi entregue para o amigo de Temer em São Paulo.
A segunda foi o pedido de propina de US$ 40 milhões no escritório político de, acredite, Michel Temer. Neste caso, não houve rodeio nem nova versão, só a utilização da lei, de que o presidente só responde por atos praticados no exercício do cargo.
Pronto, os defensores de Temer caíram na armadilha. Reprovado por 92% dos brasileiros, mas bancado pelo corrupto parlamento e pelo PIB nacional, ele se achava intocável e não se intimidou em comprar o silêncio do, até então maior bandido brasileiro, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), condenado a 15 anos e preso em Curitiba (PR).
A delação premiada do presidente da JBS, Joesley Batista, revela que Temer aceitou a compra do silêncio de Cunha, que vinha ameaçando entregar todos os esquemas de Brasília.
Gravado no Palácio Jaburu, de novo a residência oficial, Temer teria dito que o empresário deveria “manter isso”, ou seja, continua pagando mesada milionária pelo silêncio de Cunha e do doleiro Dilson Funaro.
Sempre boquirroto, o deputado Carlos Marun (PMDB), confirmou em entrevista à Folha de S.Paulo, que o presidente da República confirmou o diálogo com o bilionário.
Temer ainda teria acertado com o JBS o pagamento de R$ 500 mil de propina por mês, durante 20 anos. A primeira mala de dinheiro foi entregue ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB).
Mais grave ainda é a situação de Aécio, que foi gravado pedindo R$ 2 milhões e ainda sugere que o delator seja alguém que possa ser executado antes de aceitar delação premiada. O tucano ainda teve o dinheiro rastreado e a entrega dos dólares filmada.
O mais chocante é a manutenção da corrupção pelos detentores do poder apesar da cobrança e repúdio veemente pela sociedade. Eles não se intimidam com as manifestações populares e articulavam ações para minar a Operação Lava Jato.
Infelizmente, o primeiro pedido de prisão já foi feito: o do senador Aécio Neves. O ministro Edson Fachin negou, mas pode levar o caso ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Andreia Neves, aquela que chorou a ser citado pela primeira vez ao ser citada na delação da Odebrecht, foi presa na manhã de hoje em Belo Horizonte.
Fachin determinou o afastamento de Aécio do cargo de senador e a PF cumpre mandados de busca e apreensão em todos os endereços do senador no Rio de Janeiro, Brasília e Minas Gerais.
Mas ainda falta a prisão de Temer.
O Brasil só pode sair da crise por meio de eleições diretas para renovar tudo: deputados federais, senadores e o presidente da República.