Os defensores do presidente da República Michel Temer (PMDB) promovem, desde o início da semana, guerrilha virtual para desqualificar a greve geral desta sexta-feira. Eles recorrem às redes sociais, como Facebook, e aplicativos de celular para divulgar mensagens para atacar os trabalhadores e defender as reformas.
Até políticos aderiram à guerrilha, como é o caso do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que recorreu a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chamar os contrários às reformas da previdência e trabalhista de vagabundos.
Na mesma linha seguiu o prefeito de Jardim, Guilherme Monteiro (PSDB), que defendeu a realização da greve em um domingo ou feriado. Político fora da casinha, o tucano não soube explicar como se realiza paralisação em dia de folga.
Os ataques mais agressivos são feitos em grupos de whatsapp. Em uma imagem, o grupo pede para marcar os sindicalistas que deveriam ser responsabilizados pelas falhas no atendimento nos hospitais, pela falta de ônibus urbano e por eventual problema na segurança pública.
Outros tentam ligar à greve, contra a extinção de direitos trabalhistas, a Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Destacam nas mensagens que a luta não é contra as reformas, mas para mostrar a força dos petistas, que já se colocaram contra as propostas de Temer.
Nesta sexta-feira, os defensores de Temer procuram fatos negativos para desqualificar os grevistas, que chamam de arruaceiros, violentos e vagabundos. Mas os ataques não são feitos apenas nas redes sociais, alguns jornais usam a plataforma para atacar os grevistas.
Até alguns coxinhas usam a corrupção petista para atacar os grevistas, mas esquecem das acusações que pesam contra o atual presidente. Segundo delatores da Odebrecht, Temer pediu propina de US$ 40 milhões no seu escritório político em São Paulo em 2010 e usou a residência oficial do vice-presidente para pedir R$ 10 milhões em 2014.
História – A luta dos trabalhadores sempre foi atacada por parte da sociedade. O Dia do Trabalho, comemorado no dia 1º de maio, por exemplo, surgiu após uma manifestação pela redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas nos Estados Unidos em 1886.
Em Chicago houve confronto entre trabalhadores e policiais e alguns manifestantes morreram. O confronto causou novos protestos e sete policiais foram mortos. A polícia reagiu a tiros e matou 12 trabalhadores. A homenagem aos mortos levou a criação do Dia do Trabalhador em 1889.
O mesmo ocorreu na criação do Dia da Mulher em 8 de março. Em 1911, em Nova Iorque, 130 operárias morreram carbonizadas dentro de uma indústria têxtil
1 comentário
Amigo, falou “coxinhas”, perdeu credibilidade. Gosto das suas matérias pela isenção, não pelo parcialismo. Abraço.