A facção criminosa PCC, que surgiu nos presídios paulistas e já atua em vários estados brasileiros, é suspeita é ter comandado o maior assalto na história do Paraguai. O grupo de 30 criminosos incendiou 15 carros, matou um policial e explodiu uma empresa de vigilância para roubar R$ 124 milhões em Ciudad del Leste, na fronteira do Paraguai com o Brasil.
Com a fortuna, os bandidos se capitalizam para retomar a guerra contra o Comando Vermelho na fronteira de Mato Grosso do Sul e a política de terror nos presídios e nas ruas brasileiras.
O assalto ocorreu na madrugada desta segunda-feira e praticamente suspendeu todas as atividades na cidade paraguaia. Conforme os jornais, 30 criminosos com dinamite, fortemente armados e até com um fuzil antiaéreo roubaram US$ 40 milhões.
Eles incendiaram 15 veículos para distrair a polícia e realizar o roubo. Explodiram a Prosegur e, na fuga, dividiram-se em vários grupos para dificultar a caçada. Eles ainda mataram o policial paraguaio Sabino Ramón Benitez.
Nenhum bandido foi localizado até o momento.
O roubo capitaliza o PCC, que sofreu baixas com a guerra pelo comando da fronteira de Mato Grosso do Sul. O grupo controla os principais presídios da Capital e alguns do interior.
O grupo já tinha cometido assaltos semelhantes na fronteira da Bolívia com o Brasil, mas nada se compara ao realizado na cidade paraguaia.
O PCC atua dentro dos presídios e usa o telefone celular para manter o comando do crime fora dos muros. Enquanto o governo fizer de conta que os presos não usam celular e libera a comunicação, a sociedade fica refém do crime organizado e, para nosso desalento, as quadrilhas ganham poder a cada dia mais.