Sem apelido, o deputado federal Vander Loubet (PT) entrou na famosa “Lista de Janot” por supostamente ter recebido R$ 50 mil. Já a falta de dados livrou da denúncia integrantes do Governo de Mato Grosso do Sul, na época sob o comando de Marcelo Miranda Soares.
Os nomes envolvidos na famosa lista definida por 78 executivos e ex-dirigentes da Odebrecht foram divulgados ontem após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acabar com o sigilo nos inquéritos.
Loubet foi citada pelo delator Alexandrino de Salles Ramos Alencar, um dos principais dirigentes da companhia. Ele contou que o petista recebeu R$ 50 mil para a campanha a deputado federal em 2010. O nome estava no setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, mais conhecido como o departamento da propina.
Em nota, o petista negou qualquer irregularidade na arrecadação de recursos para a campanha de 2010. Ele frisou que todos os recursos foram declarados à Justiça Eleitoral.
Vander já é réu na Operação Lava Jato. Em março de 2015, ele foi denunciado por ter recebido R$ 1 milhão em propina por meio da BR Distribuidora. A denúncia foi aceita pelo Supremo. O deputado nega que tenha obtido vantagens indevidas.
Já a menção ao período em que Marcelo Miranda foi governador consta do pedido de arquivamento feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele achou insuficiente a citação de alguns nomes do Governo entre 1987 e 1990 para pedir a abertura de inquérito.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ministro Edson Fachin avalizou o pedido de arquivamento das menções feitas aos políticos no período.