O PT ainda contabiliza os votos para definir o tamanho de cada liderança dentro do partido no Estado. No entanto, balanço parcial aponta que o ex-governador Zeca do PT ganha forças para eleger o novo presidente do partido, que deve ser Ananias Costa dos Santos.
O atual presidente, ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi, mesmo levando a sua candidata a disputar o segundo turno na Capital, vai ter dificuldades para continuar no comando da sigla.
Principal estrela após a queda vertiginosa do ex-senador Delcídio do Amaral, Zeca se tornou ficha suja após o Tribunal de Justiça acatar recurso do Ministério Público e lhe condenar, em surpreendente reviravolta, no escândalo da “farra da publicidade”. No entanto, ele tem esperanças de suspender a condenação e disputar o Senado.
A força do deputado federal é reconhecida até pelos adversários, como Biffi, que defendem a sua candidatura ao Governo em 2018.
Com esse reconhecimento e com o nome do ex-presidente Lula na chapa, o grupo de vai vencendo a disputa, com 93 votos no colégio eleitoral de maio. Ele e o deputado federal Vander Loubet apoiaram este grupo.
Biffi contou com o apoio dos sindicatos para ficar em segundo lugar no número de cadeiras, 54. Em terceiro lugar ficou a esquerda liderada pelo deputado Pedro Kemp, com 40 delegados.
Para vencer, eles vão precisar fazer acordo para obter 125 mais um voto. Neste caso, como contou com o apoio dos grupos de João Grandão (25), Cabo Almi (19) e de Amarildo Cruz (16), Zeca vai para o encontro regional com 153 votos para escolher o nome que indicar para a presidência do diretório regional.
Kemp vai ser cortejado pelos dois, mas deve ir com a candidatura de Humberto Amaducci, ex-prefeito de Mundo Novo.
Já na Capital, a disputa vai para o segundo turno entre Agamenon Rodrigues do Prado, com 418 votos, e Maria Rosana, 398. Eles vão fazer no dia 30 deste mês a prévia do confronto entre Zeca e Biffi pelo comando regional.
Os ânimos estão acirrados e devem chegar no limite no Congresso Regional, apesar do PT não ter eleito nenhum prefeito na última eleição, a sigla não perde o costume de grandes brigas , entre os grupos internos, diga-se de passagem.
Uma constatação é de que não houve vazio no PT com a saída de Delcídio. O ex-governador não foi aclamado como esperava. Zeca suou para conseguir obter 37% dos votos no partido.