A partir desta quarta-feira, os policiais, bombeiros e agentes penitenciários perderam o último instrumento de pressão por melhores salários no Brasil. Com base no relatório do ministro Alexandre de Moraes, indicado no mês passado pelo presidente Michel Temer, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os integrantes das forças de segurança não podem realizar greve, em hipótese alguma.
A decisão só teve três votos contra: Edson Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio. Outros sete ministros votaram pelo veto à greve de policiais civis, federais, militares, rodoviários e bombeiros. Com a decisão, nem o protesto das mulheres, como ocorreu no Espirito Santo, será permitido.
Com a decisão do STF, os policiais civis não poderão realizar greves, como as realizadas na gestão de André Puccinelli (PMDB).
Policiais militares e bombeiros promoveram dois aquartelamentos na história de Mato Grosso do Sul. Na gestão de Wilson Barbosa Martins (PMDB), quando o Exército chegou a ocupar as ruas, e de Zeca do PT.
A Polícia Federal deve sentir o doce amargo da vitória, porque trabalhou a estratégia para tirar o Governo de Dilma Rousseff (PT) e acabou perdendo um direito elementar na democracia na gestão de Temer.