Ação do MPF (Ministério Público Federal) pede a suspensão da venda e a imediata retomada da obra da mega fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas. A iniciativa é um alento em meio a onda de corrupção, que assola o país, paralisa os investimentos e põe todos os bens públicos no balcão para comercializar com empresas e governos estrangeiros.
Iniciada há seis anos, a unidade de fertilizantes recebeu investimentos de R$ 3 bilhões e está paralisada desde o final de 2014. O empreendimento pode gerar 7 mil empregos, entre diretos e indiretos, e impulsionar a economia de Mato Grosso do Sul.
Em decorrência do escândalo descoberto pela Operação Lava Jato, a Petrobras rescindiu o contrato com o consórcio, que contava com a empresa suspeita Queiroz Galvão. Depois houve desemprego, o Brasil mergulhou na mais grave crise política de sua história e o novo Governo passou a ter como prioridade máxima vender tudo que é possível.
Na feira comandada pelo tucano Pedro Parente, entrou o canteiro de obras da fábrica em Três Lagoas. O novo comprador pode alterar as metas inicialmente propostas, como a produção de 1,2 milhão de toneladas de ureia.
Para garantir a retomada do projeto, MPF acionou ação na Justiça para suspender a venda da fábrica de fertilizantes e obrigar a Petrobras a concluí-la em seis meses. A medida pode dar um salto na economia do estado, tão dependendo do agronegócio, que está baixa na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
Só há um reparo na ação do MPF: o processo é de interesse público, mas tramita em segredo de justiça. Quais segredos não podem ser públicos nesta nebulosa história envolvendo a petrolífera brasileira?
A fábrica de fertilizantes ajudará a diversificar a economia da região, mais atrelada à celulose. Três Lagoas tem localização estratégica, por estar situado às margens da hidrovia Tietê-Paraná e na divisa com São Paulo, o estado mais rico do país.
E no momento em que se debate os terríveis impactos da queda na compra do gás boliviano, que ameaça arruinar ainda mais a economia sul-mato-grossense, uma grande indústria é mais do que bem vinda para aliviar a onda de notícias ruins para a nossa frágil e pequena economia. ]
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