O medo da Reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB), que não vai respeitar direitos adquiridos, fez disparar o número de aposentadorias concedidas pelo IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). O total de desembolso com aposentadoria cresceu 25% e fez o órgão acumular um rombo milionário e histórico no ano passado.
Como o Governo quer implantar a reforma no galope e sem respeitar os direitos adquiridos, os servidores com tempo de aposentadoria estão correndo para pedir o benefício. O total pago aos aposentados cresceu 25,7% em um ano, de R$ 199,2 milhões, em 2015, para R$ 250,6 milhões em 2016.
O volume de contribuições quase não cresceu, oscilando de R$ 234,9 milhões para R$ 241,2 milhões no período. Já o pagamento de pensões passou de R$ 21,1 milhões para R$ 23,3 milhões.
O resultado foi uma tragédia para os cofres públicos. A despesa do IMPCG saltou de R$ 252,8 milhões para R$ 312,5 milhões.
O instituto acumulou déficit de R$ 72,3 milhões no ano passado, contra um superávit de R$ 35,6 milhões em 2015.
Com este cenário desolador, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) pode ser obrigado a recorrer ao saco de maldades de Temer e propor mudanças drásticas na previdência municipal, como elevar a contribuição de 11% para 14%, elevar a idade mínima para 65 anos para ambos os sexos e exigir contribuição de 49 anos para a concessão de 100% do valor do benefício.
Ou seja, depois de levar um susto com a proposta, o servidor levará outro para pagar a conta da reforma do peemedebista.