Os familiares do ex-vereador Alceu Bueno, brutalmente assassinado no ano passado, vão responder perante à Justiça na Operação Coffee Break, como ficou conhecida o escândalo de compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).
A decisão do juiz David de Oliveira Gomes é do dia 17 de fevereiro deste ano. Ele determina que os sucessores do ex-vereador sejam incluídos entre os réus da ação de improbidade administrativa, em que o Ministério Público Estadual pede a indisponibilidade dos bens dos envolvidos no caso.
Além de Bueno, são réus no processo o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), vereadores, ex-vereadores, o empreiteiro João Amorin, e outros empresários.
A Operação Coffee Break sofreu um revés em dezembro, com a recusa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em abrir inquérito contra o deputado federal Elizeu Dionizio. Ele foi relator da CPI do Calote, usada como base para cassar Bernal.
Os acusados poderão recorrer ao parecer do MPF para desqualificar as provas anexadas ao processo pelo Gaeco, braço do MPE, e reforçar o pedido de absolvição dos 24 denunciados.