Durou pouco a gestão de glamour e luxo do colunista social Dácio Côrrea no Centro Cultural Multiuso João Renato Pereira Guedes “Picolé”. Após ser flagrado no Rio de Janeiro quando deveria estar trabalhando, o servidor/colunista pediu seu afastamento.
Sua nomeação foi divulgada no dia 20 de fevereiro. Com o Diário Oficial em mãos, Dácio resolveu dar uma esticadinha no Rio de Janeiro, aproveitar o carnaval, que ninguém é de ferro. Não contava ser flagrado no aeroporto. Quando questionado pelo jornalista Celso Bejarano, do Midiamax, se estava em Campo Grande, não titubeou: “Claro, querido”, mesmo seu celular estando em roaming em terras cariocas.
Desta vez o prefeito Marcos “Marquinhos” Trad não desviou o assunto, como quando perguntado a respeito das nomeações de ex-vereadores, dizendo que só perguntavam “Porque são da periferia, pretos e sem muito grau de intelectualidade?”. Quando perguntado onde estava o diretor/colunista, foi claro: ““Conversei com ele hoje cedo e determinei o retorno imediato a Campo Grande”.
Com tempo de sobra e sem o salário de R$ 8 mil, Dácio poderá desfrutar do carnaval carioca e escrever sua coluna em paz!
Confira a carta de demissão:
Senhor prefeito Marquinhos Trad,
Diante da repercussão decorrente de viagem que fiz na última terça-feira, 21, para confirmar minha participação no Carnaval 2017 na cidade do Rio de Janeiro me vejo, por dever moral e funcional, solicitar meu afastamento do cargo para o qual fui nomeado recentemente para administrar o Instituto Picolé, evitando maiores repercussões para a prefeitura municipal.
Tenho a esclarecer que, como profissional de imprensa, venho há mais de trinta e cinco anos desenvolvendo essa atividade, sempre com meus próprios recursos, ressaltando que sou o único representante oficial de Mato Grosso Sul neste grande evento mundial.
Desde janeiro deste ano, pela primeira vez, tenho atuado como servidor público, sempre de maneira digna e correta, auxiliando o prefeito Marquinhos Trad a fazer de Campo Grande um lugar melhor para se viver.
O meu deslocamento para o Rio de Janeiro deu-se de maneira repentina diante de um comunicado oficial da Rio-Tur, ao qual eu tinha prazo de 48 horas para fazer credenciamento pessoal e intransferível.
Reconheço que por ser uma figura pública deveria ter comunicado o fato aos meus superiores, não avaliando adequadamente as conseqüências políticas que poderiam advir com a divulgação de um gesto individual sem nenhuma correlação com qualquer tipo de ato ilícito em meu trabalho.
Diante disso, peço humildes desculpas a toda sociedade campo-grandense, com a certeza de que saio desse episódio de cabeça erguida e com a grandeza do dever cumprido.
Atenciosamente,
Dácio Corrêa