Chega a ser bizarra a inversão de valores que se vive atualmente no país. Uma cena do Big Brother Brasil expõe um pouco da linha adotada pela nossa polícia no caso da morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, 32 anos,
No programa da TV Globo, a confinada Roberta faz almoço para a turma. Ao terminar um estrogonofe, ela pega o ketchup apimentado e estraga a comida. A seguir, ela começa a culpar o sul-mato-grossense Ilmar Fonseca, o Mamão, que estava dormindo no momento, por ter apimentado a alimentação.
Roberta até conta com o apoio de outra amiga para culpar Mamão. Ele é o culpado porque não jogou o produto fora, sendo que a culpada é Roberta, que o almoço e não leu o rótulo antes de tacar pimenta no almoço.
É trágica a linha da investigação para apurar se o policial rodoviária federal Ricardo Su Moon cometeu ou não homicídio doloso ao matar o empresário após um acidente de trânsito no centro da Capital. Todos os esforços da polícia são para encontrar indícios para culpar a vítima, não o autor do assassinato.
O policial deve ter preparo emocional suficiente para aguentar uma briga de trânsito, porque ele tem porte de arma e autoridade para intervir em qualquer situação. No entanto, o que se viu na história foi de despreparo e brutalidade.
Já se imaginou como seria se todos os policiais militares saíssem matando quem lhes forçassem o desvio por causa de um buraco nas ruas da cidade, seria uma chacina diária.
Devemos retomar a linha de que vítima é vítima e suspeito é suspeito, não se pode inverter os papeis, os valores, porque senão daqui a pouco, os presos vão ter mais razão do que a sociedade.