No cargo há cerca de 50 dias, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) pode enfrentar a primeira greve. Sem reajuste há quatro anos, os servidores administrativos da educação realizam assembleia na segunda-feira para aprovar indicativo de paralisação. A categoria está indignada com a falta de pagamento do Pro Funcionário.
Eventual greve dos administrativos pode comprometer as aulas dos 105 mil estudantes da Reme (Rede Municipal de Ensino).
Cerca de 1,3 mil funcionários recebem o bônus, que é pago para quem participou de cursos de capacitação. Ou melhor, deveria ser pago, mas não vem sendo o depósito não vem sendo feito pela atual administração.
Trad terá o grande desafio de repetir outros prefeitos em início de gestão, que adotaram o hábito de não conceder reajuste salarial aos funcionários. O problema é que, desde a gestão de Nelsinho Trad, em 2012, o funcionalismo não vem tendo reposição nem da inflação, que foi galopante nos últimos tempos.
Os professores já patrocinaram a maior greve da história do município e podem ficar sem reajuste novamente. Neste mês, a Justiça avalizou a decisão de Alcides Bernal (PP), que vetou o reajuste de 9,57% concedido ao funcionalismo pelos vereadores.
Com a decisão, aumenta a pressão sobre o prefeito, que terá o desafio de manter os salários em dia e ainda enfrentar a revolta dos 22 mil funcionários, que sofrem com a corrosão dos salários pela inflação.
O presidente do Sisem, Marcos Tabosa, tem esperança de conseguir o pagamento do Pro Funcionário até o início da noite de segunda, quando a categoria fará a assembleia para decidir pela paralisação.