As atrapalhadas do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na elaboração da reforma administrativa ou a guerra pelo poder no núcleo tucano atingiu o ápice nesta semana com a iminente queda do poderoso chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula. Além de indicar a demissão de um dos secretários mais próximos do governador, o boato de um “vídeo bomba” lança dúvidas sobre a atuação do MPE (Ministério Público Estadual).
A mudança no secretariado estava decidida desde a derrotada da vice-governadora Rose Modesto (PSDB) na disputa da Prefeitura de Campo Grande. Sob o pretexto de economizar, o tucano promoveria a reforma para reorganizar as forças políticas para enfrentar o ex-governador André Puccinelli (PMDB) em 2018.
No entanto, desde novembro, Reinaldo vem adiando as mudanças até que surgiu a história do vídeo bomba envolvendo Sérgio de Paula. O boato tornou a reforma inadiável. O Governo já convocou coletiva para anunciar a mudança na segunda-feira.
Sérgio é o principal articulador político da gestão tucana e sua queda será um grande desfalque para Azambuja. Para ele não sair com a imagem manchada na história, o governador será obrigado a extinguir a Casa Civil e ampliar os poderes do atual secretário de Governo, Eduardo Riedel.
Somente com esta manobra, o atual chefe da Casa Civil continuará com moral para assumir a articulação política do PSDB.
Agora, o boato ganhou força nesta semana e expõe o MPE, já que um órgão do Parque dos Poderes teria alertado o governador sobre o tal vídeo. Os promotores são pagos para trabalhar e zelar pela sociedade, não para proteger grupo político. Até o momento, o procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, não se manifestou sobre a boataria.