O prefeito Marquinhos Trad (PSD) vai revitalizar apenas um terço da Avenida Ernesto Geisel. Além do corte radical, novos estudos encareceram a obra em aproximadamente 160% em relação ao previsto pelo antecessor, Alcides Bernal (PP).
Idealizada em 2011, na gestão de Nelsinho Trad, a obra contemplaria toda a extensão das avenidas Ernesto Geisel e Thyrson de Almeida, entre a Rua Santa Adélia, na frente do Shopping Norte Sul, e a Avenida Campestre, no final do Conjunto Aero Rancho. O custo estimado era de R$ 48 milhões.
No entanto, a revitalização ficou restrita a um trator, que entrou no rio e ficava de um lado para o outro para simular obra, como parte do esforço para eleger o então candidato Edson Giroto. O grupo perdeu a eleição e a obra não saiu do papel.
Sob a batuta de Semy Ferraz, nas gestões de Bernal e Gilmar Olarte, o projeto foi revisto novamente e recalculado, ficou quase 50% mais caro, R$ 68 milhões. As licitações fracassaram e a avenida continuou, literalmente, ruindo rio abaixo.
Agora, Marquinhos elevou o custo do projeto em 160%, considerando-se que vai investir R$ 57 milhões para a execução de apenas 2,4 quilômetros, metade do montante divulgado pela assessoria da prefeitura. O projeto só contemplará, praticamente, as redondezas do shopping, já que nem atingirá a Avenida Manoel da Costa Lima e deve parar na Rua do Aquário.
O projeto vai excluir toda a extensão que poderia contemplar os moradores dos bairros Guanandi, Guanandi 2 e Aero Rancho, o mais populoso da cidade.
Se fosse executar todo o trecho idealizado pelo irmão, Marquinhos gastará R$ 173 milhões, enquanto Bernal só desembolsaria R$ 68 milhões. Pena que o antecessor do atual prefeito não tirou o projeto do papel, porque a economia para a cidade seria maior.
O projeto depende do aval da Caixa, que tem fama de demorar na aprovação. Ou seja, só um milagre poderá garantir o início da obra em junho, considerando-se o tempo para aval da Caixa, licitação (90 dias) e assinatura da ordem de serviço.