Mato Grosso do Sul separou-se do estado vizinho há quase 40 anos na esperança de tornar-se desenvolvido e exemplo para o País. No entanto, Mato Grosso cresce a anos luz, tem mais força política e, agora, ganha até no combate à corrupção.
Politicamente, apesar de ter o mesmo número de deputados que o MS, o nosso vizinho sempre emplaca ministros e cargos estratégicos em Brasilia.
O motivo da divisão foi econômico, que a riqueza produzida no sul era “sugada” pelos nortistas, que contavam com a capital, Cuiabá.
Após a divisão, Mato Grosso despontou e se consolidou como o grande produtor de grãos do país. A força política diante da nossa classe medíocre, nem se fala. O máximo que conseguimos no atual momento é ganhar o horário nobre na TV Globo por defender o ex-deputado Eduardo Cunha, o homem dos esquemas por mais de três décadas e que só caiu em desgraça agora.
A Copa do Mundo foi para Cuiabá, apesar de Campo Grande ter mobilizado 200 mil pessoas para recepcionar o crápula da CBF, Ricardo Teixeira. Como consolo, por meio do compadre Delcídio do Amaral, mandou um jogo das eliminatórias como compensação.
Nem no combate à corrupção, MS ganha de Cuiabá. As autoridades federais e estaduais mato-grossenses já colocaram o ex-governador Silval Barbosa atrás das grades duas vezes. E não é o único político com cacife e poder vendo o sol nascer quadrado.
Por outro lado, apesar da gravidade e do potencial explosivo da Lama Asfáltica, nem peixe pequeno está preso nestas bandas por causa de corrupção. Os desvios seguem chocando a sociedade, mas a punição, que é bom, só vem ocorrendo nas bandas de Cuiabá.