É realmente lamentável o trabalho realizado pelas promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. Só para se ter uma ideia do trabalho realizado pelos nobres promotores – que são muito bem remunerados, com um salário acima de R$ 30 mil mês – ninguém foi punido pela Justiça em Campo Grande por desvios nos últimos 20 anos.E não foi por falta de denúncia e escândalo. A nova rodoviária de Campo Grande foi construída em área imprópria, nunca foi concluída e ninguém foi responsabilizado por isso, que é um transtorno para o Jardim Cabreúva até hoje. A única ação do MPE foi contra uma medida do Zeca do PT, que tentou transformá-la em centro cultural. O promotor do patrimônio público embargou a obra na gestão petista, mas aceitou o centro cultural – que nunca foi concluído – na gestão de André Puccinelli.
Além de atrapalhar, os promotores não conseguiram punir ninguém pelo escândalo da farra da publicidade no governo de Wilson Martins (PMDB), que foi absolvido; a farra denunciada na gestão de Zeca do PT (só houve absolvição até agora) e as irregularidades nas gestões de Puccinelli (PMDB) na prefeitura – como a doação da área do Papa para a Financial, a venda da concessão de água e esgoto, suposto enriquecimento ilícito – e os escândalos da gestão Nelsinho Trad, na época no PMDB e hoje PTB – como a construção do aterro sanitário, a ONG que realizava serviços para a Agetran, o Gisa, a terceirização da merenda, as obras superfaturadas na Lama Asfáltica, entre outros.
Foram tantos escândalos, mas nenhuma ação com provas cabais para resultar na condenação. Até petista ( já que está na moda condenar filiados à sigla) foi condenado graças à investigação de gabinete de nossos promotores.