O Governo de Michel Temer, do PMDB e um dos articulares do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), adotou duas medidas em programas fundamentais que mostram a prioridade do governo: punir a classe média e contemplar os mais ricos, ampliar a desigualdade gritante no país.
A primeira medida é a redução em 100 mil o número de vagas no Fies, o programa de crédito estudantil. Eram 250 mil em 2016 e foram reduzidas para 150 mil neste ano.
O montante previsto para financiar foi reduzido, afastando ainda mais os estudantes menos privilegiados (o tucanismo de pobre) dos cursos ditos de elite, que podem ter mensalidade de até R$ 20 mil por mês, como Medicina, Odontologia. O ideal era ampliar o valor, mas o governo reduziu de R$ 7 mil para R$ 5 mil.
A outra medida foi ampliar o valor do Minha Casa Minha Vida, que terá menos dinheiro com a liberação do FGTS das contas inativas, e vai beneficiar trabalhadores com renda mensal de até R$ 9 mil.
Com a medida, Temer – que até admitiu ter pedido “propina” de R$ 11 milhões a Marcelo Odebrecht – deixa de priorizar famílias mais pobres, com até três salários mínimos, onde o déficit habitacional é maior.
Mas é o novo Brasil, que segue na contramão do mundo civilizado e desenvolvido. Aqui se tira dos pobres para dar aos ricos – o mais engraçado, com apoio de alguns pobres.