Dos 13 candidatos a senador em Mato Grosso do Sul, três gastaram mais do que arrecadaram na campanha eleitoral deste ano, conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor da dívida oscila entre R$ 21 mil e R$ 326,6 mil, considerando-se a prestação de contas parcial.
Sem conseguir a reeleição para o segundo mandato, o senador Waldemir Moka (MDB) fechou a campanha com um superávit de R$ 1,2 milhão. O emedebista obteve a maior arrecadação ao ter R$ 2,431 milhões. No entanto, ele só gastou R$ 1,134 milhão, fechado com sobra milionária no caixa.
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O maior doador foi a direção nacional do MDB, com R$ 2 milhões. A surpresa está no segundo maior valor doado, de R$ 150 mil, pelo senador Pedro Chaves (PRB), que desistiu da reeleição nos acréscimos e trocou o juiz Odilon de Oliveira (PDT) pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O presidente da Cosan, Rubem Ometto, deu R$ 100 mil.
O campeão em gasto é o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (PSDB), o senador do Reinaldo. Ele ficou em 4º lugar na disputar, apesar de ter gasto R$ 1,202 milhão. Ele está com uma dívida de R$ 211,3 mil, considerando-se a arrecadação de R$ 990,9 mil.
O maior doador foi o PSDB, que lhe repassou R$ 750 mil, seguido pela coligação de Reinaldo (R$ 185,8 mil). Já para o senador eleito da mesma coligação, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), recebeu apenas R$ 31,6 mil do tucano.
Vencedor com a maior votação, Nelsinho fechou as contas da campanha no azul, com arrecadação de R$ 457,6 mil, contra gastos de R$ 396,4 mil. O petebista tirou R$ 27,5 mil do próprio bolso, conforme declarou ao TSE.
Em 5º lugar na disputa, o ex-governador Zeca do PT também fechou com as contas no azul, com receita de R$ 1,268 milhão e despesa de R$ 1,021 milhão. O maior doador foi o diretório nacional do PT, com o repasse de R$ 1,150 milhão.
A tentativa de voltar à política teve um gosto amargo ao ex-senador Delcídio do Amaral (PTC). Além de não obter a votação prevista pelos institutos de pesquisa, o ex-petista fechou a campanha com dívida de R$ 326,6 mil, conforme a Justiça Eleitoral.
Amaral arrecadou apenas R$ 42,5 mil, mas contratou R$ 369,1 mil em serviços para a campanha de aproximadamente 20 dias.
A terceira a fechar as contas no vermelho é a surpresa e sensação do pleito, a advogada e senadora eleita Soraya Thronicke (PSL). No entanto, ela gastou apenas R$ 68.241, mas superior à arrecadação de R$ 47.201. A dívida de R$ 21 mil é inferior a um mês de salário de senadora, R$ 33,7 mil.
O procurador Sérgio Harfouche (PSC) arrecadou R$ 228 mil, mas gastou R$ 219,2 mil. O comunista Mário Fonseca arrecadou R$ 100,3 mil, acima da despesa declarada de R$ 76,4 mil.
Os números são parciais, porque os candidatos poderão apresentar os números finais até o dia 6 de novembro deste ano.