O Governo do Estado cometeu um erro milionário na duplicação da Avenida Euler de Azevedo, que segue em ritmo lento e corre o risco de não ser concluída no prazo. Iniciada em julho do ano passado, a obra ganhou o “duto do desperdício”, que vai encarecer o projeto em R$ 1,3 milhão.
Essa é a principal obra do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em Campo Grande. Foram feitos dois contratos, que previam investimentos de R$ 14,7 milhões. A Anfer faz o trecho urbano pelo montante de R$ 8,6 milhões, por enquanto.
O outro, na parte rural, é executado pela Construtora Industrial São Luiz S/A, que já foi reajustado, apesar de a obra ter começado há oito meses. O Governo elevou o valor de R$ 6,1 milhões para R$ 7,4 milhões. O reajuste de 21% está dentro do previsto pela Lei de Licitação, que limita ao máximo de 25%.
O Correio do Estado de hoje esclarece a história. O secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, revela que o custo extra vai ser para a construção de um duto de 560 metros para levar a água da chuva até um córrego próximo.
O gasto extra é desnecessário, que o próprio jornal nem recorreu ao editorial para emitir opinião sobre os R$ 1,3 milhão. Tachou como “desperdício”. E pior, que as captações de águas pluviais existentes seriam suficientes para dar conta do recado, sem o gasto milionário.
Espera-se que a obra seja concluída até julho e não fique ainda mais cara.